Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
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140<<strong>br</strong> />
econômicos, a tarifa do aço não tem muita importância. Mas ela<<strong>br</strong> />
demonstra um desprezo sem precedentes pelas regras internacionais.<<strong>br</strong> />
A ameaça imediata é que outras nações contra-ataquem; a União<<strong>br</strong> />
Européia ameaçou impor tarifas retaliatórias, e no <strong>com</strong>eço da semana<<strong>br</strong> />
Brasil, China, Coréia do Sul e Japão anunciaram que poderiam adotar<<strong>br</strong> />
medi<strong>das</strong> semelhantes.<<strong>br</strong> />
.........<<strong>br</strong> />
Os acordos de <strong>com</strong>ércio internacional incluem circunstâncias especiais<<strong>br</strong> />
sob as quais as tarifas temporárias são permiti<strong>das</strong>, mas as condições<<strong>br</strong> />
que a elas se aplicam, são bastante restritivas. E a indústria siderúrgica<<strong>br</strong> />
não atendia a essas condições. As importações de aço vinham caindo.<<strong>br</strong> />
A afirmação de Krugman, de que a tarifa so<strong>br</strong>e o aço não tem importância<<strong>br</strong> />
econômica, não é exata. Isso porque a tarifa atua de duas maneiras: encarece o produto<<strong>br</strong> />
estrangeiro para o consumidor interno e, conseqüentemente, nivela, de maneira<<strong>br</strong> />
artificial, as condições de concorrência entre as firmas. Além disso, analisando-se o<<strong>br</strong> />
perfil <strong>das</strong> importações de aço efetua<strong>das</strong> pelos Estados Unidos, a partir do Brasil,<<strong>br</strong> />
constatam-se dois fatos: a importação de acabados diminuiu entre 1997 e 2000, embora<<strong>br</strong> />
tenha aumentado em 2001, e a importação de semi-acabados efetuou a trajetória inversa.<<strong>br</strong> />
No entanto, o mais importante é que a importação, em todo o período, efetuou-se<<strong>br</strong> />
sempre no mesmo patamar, mesmo após a desvalorização do real, em 1999, permitindo<<strong>br</strong> />
induzir que o câmbio não interferiu na <strong>com</strong>petitividade do aço <strong>br</strong>asileiro.<<strong>br</strong> />
Isso pode ser melhor verificado, <strong>com</strong> a observação da tabela 20:<<strong>br</strong> />
Tabela 20 – Importações americanas de aço, por tipo de produto – Milhões de<<strong>br</strong> />
Tonela<strong>das</strong><<strong>br</strong> />
1994/97 - Média 2000 2001*<<strong>br</strong> />
Brasil - Acabados 0,85 3,8% 0,74 2,5% 0,77 3,3%<<strong>br</strong> />
Demais Países - Acabados 21,25 96,0% 28,66 97,5% 22,83 96,7%<<strong>br</strong> />
Total Acabados 22,1 100,0% 29,4 100,0% 23,6 100,0%<<strong>br</strong> />
Brasil - Semi-Acabados 1,53 22,8% 2,38 28,0% 2,35 36,2%<<strong>br</strong> />
Demais Países - Semi-Acabados 5,17 77,2% 6,12 72,0% 4,15 63,8%<<strong>br</strong> />
Total Semi-Acabados 6,7 100,0% 8,5 100,0% 6,5 100,0%<<strong>br</strong> />
Total Geral 28,8 - 37 - 30,1 -<<strong>br</strong> />
Total Brasil 2,38 8,3% 3,12 8,2% 3,12 10,4%<<strong>br</strong> />
Fonte: Gerência Operacional de Mineração e Metalurgia – Setores Produtivos I (2002, p. 9)<<strong>br</strong> />
Mesmo <strong>com</strong> evidências de que o aço <strong>br</strong>asileiro não causa dano ao Setor<<strong>br</strong> />
Siderúrgico norte-americano, os Estados Unidos adotaram as seguintes medi<strong>das</strong>: