Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
38<<strong>br</strong> />
o <strong>com</strong>ércio seria possibilitado se o país se especializasse naquela indústria em que sua<<strong>br</strong> />
vantagem absoluta fosse maior, e relegasse ao outro país a indústria em que sua<<strong>br</strong> />
vantagem absoluta fosse menor, de modo a possibilitar-se a especialização da produção.<<strong>br</strong> />
Este conceito se clarifica a partir da observação de <strong>com</strong>entários de Ratti (2001,<<strong>br</strong> />
p.357) acerca do <strong>com</strong>ércio entre Inglaterra e Rússia, no qual a Inglaterra tem vantagem<<strong>br</strong> />
absoluta na produção de trigo e aço em relação à Rússia. Nas palavras do autor:<<strong>br</strong> />
(...) A Inglaterra possui uma vantagem absoluta so<strong>br</strong>e a Rússia na<<strong>br</strong> />
produção dos dois produtos. De acordo <strong>com</strong> Adam Smith, não haveria<<strong>br</strong> />
especialização da produção, nem a troca entre os dois países.<<strong>br</strong> />
O grande mérito de Ricardo foi mostrar que o <strong>com</strong>ércio também seria<<strong>br</strong> />
proveitoso para os dois países, mesmo que um deles tivesse vantagem<<strong>br</strong> />
absoluta so<strong>br</strong>e o outro na produção de to<strong>das</strong> as mercadorias; mas sua<<strong>br</strong> />
vantagem seria maior em alguns produtos do que em outros. Em<<strong>br</strong> />
outras palavras, devem ser considera<strong>das</strong> não as vantagens absolutas,<<strong>br</strong> />
mas sim as vantagens <strong>com</strong>parativas (relativas).<<strong>br</strong> />
Podemos deste modo <strong>com</strong>preender o funcionamento da Teoria <strong>das</strong> Vantagens<<strong>br</strong> />
Comparativas por meio de um exemplo inspirado no <strong>com</strong>ércio de panos e vinhos que<<strong>br</strong> />
existiu entre Portugal e Inglaterra, por força do Tratado de Methuen. Tal exemplo foi<<strong>br</strong> />
adaptado de Gonçalves, Baumann, Prado e Canuto (1998, p.15).<<strong>br</strong> />
Tabela 2 – Número de pessoas necessárias para a produção de mercadorias<<strong>br</strong> />
País<<strong>br</strong> />
Cem<<strong>br</strong> />
Metros de Tecido<<strong>br</strong> />
Barris de Vinho<<strong>br</strong> />
Portugal 90 pessoas 80 pessoas<<strong>br</strong> />
Inglaterra 100 pessoas 120 pessoas<<strong>br</strong> />
Fonte: autor<<strong>br</strong> />
A partir do exemplo acima, pode-se notar que Portugal tem vantagem absoluta<<strong>br</strong> />
na produção de panos e vinhos em relação à Inglaterra, pois necessita de menos homens<<strong>br</strong> />
que a Grã-Bretanha, para produzir ambas as mercadorias.<<strong>br</strong> />
Mas a análise de Ricardo mostra que a Inglaterra tem menor desvantagem<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>petitiva em relação aos panos do que aos vinhos. Assim, conviria à Inglaterra<<strong>br</strong> />
dedicar-se à produção de panos e relegar a produção de vinhos à nação lusa, porque, de<<strong>br</strong> />
acordo <strong>com</strong> Ricardo, especializar-se na produção de uma mercadoria sairia mais em<<strong>br</strong> />
conta do que dividir o capital existente para a produção <strong>das</strong> duas mercadorias. Nas<<strong>br</strong> />
palavras de Gonçalves, Baumann, Prado e Canuto (1998, p.15):<<strong>br</strong> />
Embora a Inglaterra desse em pagamento pelos vinhos, que custaram<<strong>br</strong> />
o trabalho de 80 homens, tecidos que custaram o trabalho de 100, ela