Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
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73<<strong>br</strong> />
apreciação cambial de 15% ...... (BACHA IN MERCADANTE, 1998,<<strong>br</strong> />
p.43).<<strong>br</strong> />
Nota-se, portanto, que inicialmente visava-se que o real flutuasse <strong>com</strong> a paridade<<strong>br</strong> />
próxima do equilí<strong>br</strong>io proposto pelas autoridades monetárias, isto é, o câmbio 1 por 1.<<strong>br</strong> />
No entanto, <strong>com</strong>o o contexto da política de estabilização monetária e de <strong>com</strong>bate à<<strong>br</strong> />
inflação, que era a razão de ser do Plano Real, foi estruturada <strong>com</strong> uma política de juros<<strong>br</strong> />
altos e de atração de capitais externos, o significativo volume de reservas externas do<<strong>br</strong> />
país levou a uma significativa valorização da moeda nacional.<<strong>br</strong> />
Tal valorização, desejada pelas autoridades monetárias, para baratear as<<strong>br</strong> />
importações e <strong>com</strong>bater as pressões inflacionarias, que poderiam advir de uma demanda<<strong>br</strong> />
aquecida, provocou, por seu turno, preocupações quanto à sustentabilidade desta<<strong>br</strong> />
estratégia. Por conta disso, o sistema cambial <strong>br</strong>asileiro, teoricamente flutuante, na<<strong>br</strong> />
prática tornou-se assimétrico, contendo “teto”, mas não “piso”.<<strong>br</strong> />
Porém, a partir da crise do México, no início de 1995, os fluxos cambiais<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>eçaram a sair dos países emergentes em busca dos chamados ‘mercados seguros’<<strong>br</strong> />
dos países desenvolvidos. Este fato teve <strong>com</strong>o conseqüência, no Brasil, a mudança do<<strong>br</strong> />
modo de funcionamento da política cambial, que deixava de operar numa flutuação<<strong>br</strong> />
assimétrica, para uma flutuação mais estreita, contendo “piso” e “teto”. É o que se<<strong>br</strong> />
percebe da afirmação de Franco (1999, p. 302):<<strong>br</strong> />
É interessante que, alguns meses adiante, quando a Crise do México<<strong>br</strong> />
teve início, e os fluxos de capitais para o Brasil <strong>com</strong>eçaram a<<strong>br</strong> />
enfraquecer, a taxa de câmbio ameaçou depreciar de forma acelerada<<strong>br</strong> />
num momento em que o Real ainda não estava devidamente<<strong>br</strong> />
consolidado e, certamente não resistiria a uma desvalorização<<strong>br</strong> />
acentuada. As pressões se avolumaram, então, para que o BC<<strong>br</strong> />
colocasse um ‘teto’ na flutuação e, assim, <strong>com</strong> ‘piso’ e ‘teto’<<strong>br</strong> />
acabamos adotando um sistema que era conhecido internacionalmente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o de ‘ban<strong>das</strong> cambiais’, ou target zones, e que era empregado em<<strong>br</strong> />
muitos países e tinha inúmeros adeptos.<<strong>br</strong> />
Nesse novo contexto, a partir de a<strong>br</strong>il de 1995, <strong>com</strong> vigência até julho, a cotação<<strong>br</strong> />
determinada pelo Banco Central foi de R$ 0,86 e R$ 0,93, piso e teto, respectivamente.<<strong>br</strong> />
E a partir daí, a intervalos periódicos, a banda cambial era modificada, <strong>com</strong> o BC<<strong>br</strong> />
afirmando “que seguiria uma política de ban<strong>das</strong> cambiais sem desvalorizações de<<strong>br</strong> />
grande vulto” (FRANCO, 1999, p.304).<<strong>br</strong> />
Deve-se frisar que a intervenção do Governo, por intermédio do Banco Central e<<strong>br</strong> />
<strong>das</strong> ban<strong>das</strong> cambiais, visava a manter as ban<strong>das</strong> dentro dos limites que eram