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Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br

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94<<strong>br</strong> />

Nesse contexto, o embaixador do Brasil na UNCTAD (Conferência <strong>das</strong> Nações<<strong>br</strong> />

Uni<strong>das</strong> para o Comércio e Desenvolvimento) e ex-ministro da Fazenda do Brasil,<<strong>br</strong> />

Rubens Ricupero, avalia que o protecionismo e as barreiras são importantes fatores que<<strong>br</strong> />

afetam a <strong>com</strong>petitividade da indústria siderúrgica <strong>br</strong>asileira. No entanto, o embaixador<<strong>br</strong> />

considera que o maior problema de <strong>com</strong>petitividade da indústria <strong>br</strong>asileira está na<<strong>br</strong> />

incapacidade de gerar grandes excedentes para exportação, uma vez que o objetivo<<strong>br</strong> />

primário e o foco principal de negócio ainda é o mercado interno.<<strong>br</strong> />

Nas palavras de Ricupero, em entrevista concedida ao jornal O Estado de São<<strong>br</strong> />

Paulo (2000, p. B-6):<<strong>br</strong> />

Nossa oferta estagnou e está concentrada em produtos <strong>com</strong> alto grau<<strong>br</strong> />

de concorrência e de susceptibilidade a crises de demanda. O mais<<strong>br</strong> />

grave nisso tudo, é que o Brasil é um país retardatário em termos de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitividade <strong>com</strong>ercial, da mesma forma que a Índia e a África do<<strong>br</strong> />

Sul.<<strong>br</strong> />

Não nego que existam problemas de barreiras e, em alguns casos, até<<strong>br</strong> />

muito mais sérios, <strong>com</strong>o o antidumping contra o aço. Seria leviano<<strong>br</strong> />

negar ainda que se o Brasil pudesse resolver esse problema <strong>das</strong><<strong>br</strong> />

barreiras, traria benefícios para o seu <strong>com</strong>ércio exterior. Mas a questão<<strong>br</strong> />

é que há uma concentração excessiva em produtos onde existe uma<<strong>br</strong> />

espécie de “caroço do protecionismo”.<<strong>br</strong> />

Além disso, o empresário <strong>br</strong>asileiro continua mais preocupado em<<strong>br</strong> />

suprir o mercado interno do que em gerar excedentes para a<<strong>br</strong> />

exportação. O mesmo <strong>com</strong>portamento é visto nas filiais de empresas<<strong>br</strong> />

transnacionais que operam no país.<<strong>br</strong> />

Assim, considerando o atual cenário produtivo <strong>br</strong>asileiro, duvido que,<<strong>br</strong> />

mesmo se o câmbio fosse muito favorável e os problemas de crédito<<strong>br</strong> />

estivessem resolvidos, a oferta <strong>br</strong>asileira seria suficiente para exportar,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>etudo se o mercado interno se aquecer.<<strong>br</strong> />

Desse modo, se os empresários <strong>br</strong>asileiros, em geral, e os do setor siderúrgico,<<strong>br</strong> />

em particular, desejam enfrentar a questão da <strong>com</strong>petitividade organizacional,<<strong>br</strong> />

depreende-se dos ensinamentos de Keedi e Ricupero, de que eles terão de resolver duas<<strong>br</strong> />

importantes questões: o nicho de mercado em que pretendem se estabelecer e a<<strong>br</strong> />

delimitação da parcela da produção que pretendem destinar à exportação,<<strong>br</strong> />

independentemente do <strong>com</strong>portamento do mercado interno, de modo que possam<<strong>br</strong> />

estabelecer um cronograma de entrada em novos mercados.<<strong>br</strong> />

Como se projeta intensa <strong>com</strong>petição entre firmas, as empresas que desejarem<<strong>br</strong> />

internacionalizar-se, <strong>com</strong>o parece ser o caso da indústria siderúrgica <strong>br</strong>asileira,<<strong>br</strong> />

necessitarão conhecer quais são as fontes de vantagem <strong>com</strong>petitiva que possuem e quais<<strong>br</strong> />

serão as barreiras que enfrentarão na concorrência internacional.

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