Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
37<<strong>br</strong> />
refere-se ao fato de a Teoria <strong>das</strong> Vantagens Absolutas ter sido formulada <strong>com</strong> base na<<strong>br</strong> />
Teoria do Valor Trabalho, no qual os custos e preços <strong>das</strong> mercadorias seriam definidos<<strong>br</strong> />
principalmente por conta <strong>das</strong> horas necessárias para se realizar a produção. Outra crítica<<strong>br</strong> />
refere-se à possibilidade real, não contemplada na teoria, de que podem existir países<<strong>br</strong> />
que não possuam vantagem absoluta em nenhuma indústria, o que inviabilizaria a teoria.<<strong>br</strong> />
Essas críticas são expressas por Maia (2001, p.344) na seguinte passagem:<<strong>br</strong> />
Adam Smith considerou que os preços eram determinados<<strong>br</strong> />
principalmente pela quantidade de horas utiliza<strong>das</strong> (mão-de-o<strong>br</strong>a)<<strong>br</strong> />
durante a produção. Na verdade, o custo <strong>das</strong> mercadorias é<<strong>br</strong> />
conseqüência de três fatores: natureza (matéria-prima), trabalho (mãode-o<strong>br</strong>a)<<strong>br</strong> />
e capital (investimentos, inclusive know-how).<<strong>br</strong> />
Adam Smith partiu do princípio de que cada país tem sempre<<strong>br</strong> />
vantagem absoluta em algum produto. Como ficaria se uma nação não<<strong>br</strong> />
tivesse vantagem absoluta em nenhum produto<<strong>br</strong> />
Dessa forma, notam-se algumas lacunas na Teoria <strong>das</strong> Vantagens Absolutas, que<<strong>br</strong> />
David Ricardo buscou dirimir por meio de sua Teoria <strong>das</strong> Vantagens Comparativas,<<strong>br</strong> />
objeto do próximo tópico.<<strong>br</strong> />
3.2.2 Teoria <strong>das</strong> Vantagens Comparativas<<strong>br</strong> />
A Teoria <strong>das</strong> Vantagens Comparativas, também conhecida por Teoria dos<<strong>br</strong> />
Custos Comparados, é, <strong>com</strong>o dito em tópico anterior, uma tentativa de corrigir-se as<<strong>br</strong> />
falhas da Teoria <strong>das</strong> Vantagens Absolutas.<<strong>br</strong> />
Pela Teoria dos Custos Comparados, David Ricardo (1772-1823) propõe, ao<<strong>br</strong> />
contrário de Adam Smith, de que é possível a existência de <strong>com</strong>ércio internacional<<strong>br</strong> />
mesmo entre países que estejam em situação totalmente díspar, ou seja, mesmo que um<<strong>br</strong> />
país tenha vantagem absoluta em to<strong>das</strong> as indústrias considera<strong>das</strong> relativamente a outro<<strong>br</strong> />
país. Assim, pela teoria de Smith, tal situação não permitira o <strong>com</strong>ércio. Ricardo, por<<strong>br</strong> />
sua vez, explica que o <strong>com</strong>ércio é também possível, não por conta <strong>das</strong> vantagens<<strong>br</strong> />
absolutas, mas por conta <strong>das</strong> vantagens relativas.<<strong>br</strong> />
As vantagens <strong>com</strong>parativas podem, então, ser entendi<strong>das</strong> <strong>com</strong>o a indução à<<strong>br</strong> />
especialização entre países para determina<strong>das</strong> indústrias, a partir <strong>das</strong> vantagens e<<strong>br</strong> />
desvantagens que apresentam reciprocamente. Em outras palavras: parte-se de que<<strong>br</strong> />
exista, em um determinado país, vantagem absoluta em duas indústrias. Porém, pode-se<<strong>br</strong> />
observar que esta vantagem absoluta é maior em uma indústria do que em outra. Assim,