Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
56<<strong>br</strong> />
Segundo Ratti (2001, p.33), “tal sistema passou a ser usado a fim de se evitar as<<strong>br</strong> />
‘corri<strong>das</strong>’ ao Tesouro Público e aos bancos, bastante <strong>com</strong>uns em situação de guerra ou<<strong>br</strong> />
outra perturbação qualquer”. E, certamente, as vantagens de sua utilização, manifestas<<strong>br</strong> />
no aumento da liberdade para funcionar <strong>com</strong>o emprestador de última instância e<<strong>br</strong> />
garantidor da liquidez na Economia, foram percebi<strong>das</strong> pelas autoridades monetárias, que<<strong>br</strong> />
tornaram o conceito de inconversibilidade, de provisório que era, em permanente.<<strong>br</strong> />
Já na atualidade, o conceito de conversibilidade tornou-se mais restrito. No<<strong>br</strong> />
início deste tópico, deu-se o exemplo argentino <strong>com</strong>o demonstração de<<strong>br</strong> />
conversibilidade. Porém, conforme nota-se no texto, a conversibilidade argentina é<<strong>br</strong> />
diferente da conversibilidade clássica, que vigorou na Europa até a I Guerra Mundial. O<<strong>br</strong> />
caso clássico pressupunha conversão da moeda-papel por ouro. O caso moderno, o<<strong>br</strong> />
argentino incluído, pressupõe a possibilidade de conversão da moeda nacional por<<strong>br</strong> />
moeda de outro país.<<strong>br</strong> />
Assim, na moderna conversibilidade, “uma moeda é dita conversível quando o<<strong>br</strong> />
seu portador pode trocá-la livremente por qualquer outra moeda, o que implica a<<strong>br</strong> />
inexistência de quaisquer restrições legais contra a conversibilidade” (RATTI, 2001,<<strong>br</strong> />
p.306). Esse sistema era o que funcionava na Argentina até dezem<strong>br</strong>o de 2001, quando<<strong>br</strong> />
as Autoridades Monetárias passaram a impor uma série de restrições à conversão do<<strong>br</strong> />
peso ao dólar americano, tornando o peso inconversível.<<strong>br</strong> />
Então, para que uma moeda possa ser considerada conversível, as autoridades<<strong>br</strong> />
monetárias devem possuir reservas suficientes para atender as requisições de conversão.<<strong>br</strong> />
Como a maioria dos países não possui reservas suficientes para manter a<<strong>br</strong> />
conversibilidade, a maioria <strong>das</strong> moe<strong>das</strong> existentes no mundo são inconversíveis. A<<strong>br</strong> />
inexistência de conversibilidade, para a maioria <strong>das</strong> nações, deve-se ao alto custo que o<<strong>br</strong> />
Estado e a Economia teriam de concorrer para manter o sistema viável, o que em muitos<<strong>br</strong> />
casos é politica e economicamente inviável e desnecessário.<<strong>br</strong> />
Deste modo, de acordo <strong>com</strong> entrevista concedida pelo ex-presidente do Banco<<strong>br</strong> />
Central, Gustavo Franco, ao jornal Folha de São Paulo, “a conversibilidade pressupõe a<<strong>br</strong> />
aceitação internacional do padrão monetário de um país” (REZENDE JUNIOR, 2000, p.<<strong>br</strong> />
72). Essa aceitação, por sua vez, reflete-se na utilização <strong>das</strong> moe<strong>das</strong> conversíveis para<<strong>br</strong> />
efetuar-se pagamentos internacionais e para a constituição <strong>das</strong> reservas internacionais<<strong>br</strong> />
do país.<<strong>br</strong> />
Portanto, pode-se perceber que o conceito de conversibilidade moderna<<strong>br</strong> />
pressupõe que uma moeda conversível é aquela que pode ser convertida em outra. No