Revista-Politica-Ambiental-jun-Econ-Verde.pdf - José Eli da Veiga
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Figura 9<br />
Ciclo de vi<strong>da</strong> dos produtos na transição para a economia verde<br />
ECONOMIA VERDE<br />
Desafios e<br />
oportuni<strong>da</strong>des<br />
MERCADO<br />
OFERTA<br />
ESTRUTURADA<br />
O Brasil e a economia<br />
verde: fun<strong>da</strong>mentos e<br />
estratégia de transição<br />
Cláudio R. Frischtak<br />
DEMANDA<br />
INDUZIDA ESPONTÂNEA<br />
LOGÍSTICA<br />
REVERSA<br />
METAIS<br />
RECICLADOS (2)<br />
PRODUTOS“INIVADORES<br />
(RECICLÁVEIS,<br />
BIODEGRADÁVEIS (5)<br />
PLÁSTICO VERDE<br />
DEMOLIÇÃO SUSTEN-<br />
TÁVEL (4)<br />
COLETA<br />
SELETIVA (3)<br />
Como se observa na Figura 9, há necessi<strong>da</strong>de de uma nova política que se<br />
volte para a gestão dos resíduos, examinando de forma criteriosa a necessi<strong>da</strong>de<br />
(ou não) de controlar ou regular a produção e uso de bens cuja pega<strong>da</strong><br />
é sensível, seja pelas externali<strong>da</strong>des negativas ao longo do seu ciclo de vi<strong>da</strong>,<br />
seja pelo seu caráter de baixa degra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong>de no descarte, porém que não<br />
apresentem economici<strong>da</strong>de na sua reciclagem. O papel <strong>da</strong> política de governo<br />
seria promover alternativas com base no redesenho dos produtos, novos<br />
materiais, e na promoção <strong>da</strong> reciclagem e redução do desperdício 5 .<br />
Vale enfatizar que várias <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s para incentivar a reciclagem no<br />
plano individual são relativamente simples, pois dependem de normas a<br />
serem obedeci<strong>da</strong>s pelo produtor/distribuidor, sem dispêndio público. Ao<br />
mesmo tempo, muitas <strong>da</strong>s intervenções de governo podem ser transitórias,<br />
de modo que após um período de ganhos de escala e redução de custos, as<br />
ativi<strong>da</strong>des de integração do ciclo de vi<strong>da</strong> dos produtos tornem-se viáveis no<br />
mercado. Com a combinação de maior escassez e preços mais elevados de<br />
matérias-primas e os ganhos em escala propiciados num primeiro momento<br />
por políticas e normas emana<strong>da</strong>s do poder público, a coleta e reciclagem de<br />
elementos descartáveis por meio de operações de logística reversa seriam<br />
fruto de iniciativas de empresas. A própria coleta seletiva, após um período<br />
Nº 8 • Junho 2011<br />
5. Um avanço muito significativo deu-se com a instituição em 2010 <strong>da</strong> Política Nacional de<br />
Resíduos Sólidos, que regula a reciclagem, disciplina o manejo dos resíduos e inova com a<br />
logística reversa, a qual determina que todos os envolvidos na cadeia de comercialização<br />
dos produtos organizem-se e realizem o recolhimento de embalagens usa<strong>da</strong>s e dos resíduos<br />
dos produtos.