25.04.2015 Views

Revista-Politica-Ambiental-jun-Econ-Verde.pdf - José Eli da Veiga

Revista-Politica-Ambiental-jun-Econ-Verde.pdf - José Eli da Veiga

Revista-Politica-Ambiental-jun-Econ-Verde.pdf - José Eli da Veiga

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

13<br />

ECONOMIA VERDE<br />

Desafios e<br />

oportuni<strong>da</strong>des<br />

Resumo executivo<br />

fazem-se necessários, como, por exemplo, a institucionalização do REDD.<br />

Além disso, na prática, o avanço legislativo ain<strong>da</strong> repercute timi<strong>da</strong>mente.<br />

Nesse sentido, as contradições entre as políticas do governo brasileiro são<br />

especialmente relevantes.<br />

Peter H. May levanta a questão dos mecanismos de mercado para uma<br />

economia verde. May afirma que, desde a perspectiva <strong>da</strong> economia ecológica,<br />

os instrumentos de gestão dos recursos naturais baseiam-se em duas<br />

variáveis: a insubstituibili<strong>da</strong>de relativa do recurso em questão e sua resiliência<br />

(capaci<strong>da</strong>de de recuperar-se do estresse, ou <strong>da</strong> degra<strong>da</strong>ção). O autor afirma,<br />

sem desconhecer a dificul<strong>da</strong>de de conhecê-las com precisão, que essas duas<br />

variáveis revelam, sem lançar mão de artifícios de valoração pelo mercado, os<br />

condicionantes biofísicos <strong>da</strong> intervenção humana. Argumenta que mecanismos<br />

de comando e controle podem conduzir a regulação direta dos recursos,<br />

estabelecendo tetos para seu nível de uso apropriado (que pode ser nulo).<br />

Estabelecidos os caps, o mercado pode agir de maneira a atingir a alocação<br />

eficiente (trade). O autor analisa especificamente os instrumentos de PSA e<br />

de REDD. Conclui que mecanismos de mercado devem assumir um papel<br />

importante na transição para uma economia verde, de forma que esse papel<br />

seja mediado por uma regulação definidora dos critérios de acesso e controle<br />

sobre os recursos naturais, refletindo-se em limites biofísicos amparados nas<br />

ciências e em ampla e prévia consulta às populações que dependem de tais<br />

recursos para seu sustento.<br />

Nº 8 • Junho 2011<br />

Ronaldo Seroa <strong>da</strong> Motta apresenta o tema <strong>da</strong> valoração e <strong>da</strong> precificação<br />

dos recursos ambientais para uma economia verde. Argumenta que, devido<br />

à falta de segurança nos direitos de proprie<strong>da</strong>de e de uso dos recursos naturais,<br />

as externali<strong>da</strong>des não são totalmente capta<strong>da</strong>s pelo sistema de preços,<br />

que acaba tornando-se imperfeito, o que conduz a alocações ineficientes<br />

desses recursos. Seroa <strong>da</strong> Motta expõe os componentes do Valor <strong>Econ</strong>ômico<br />

do Recurso <strong>Ambiental</strong> (VERA): o valor de uso (uso direto, uso indireto<br />

e de opção) e o valor de não-uso (ou de existência). Também apresenta as<br />

categorias de serviços ambientais (de provisão, de regulação, de suporte e<br />

culturais), relacionando-as com os componentes do VERA. O autor expõe os<br />

métodos de valoração econômica do meio ambiente, que podem ser agrupados<br />

em métodos <strong>da</strong> função de produção ou métodos <strong>da</strong> função de deman<strong>da</strong>,<br />

apresentando a complexi<strong>da</strong>de que tais exercícios envolvem. Seroa <strong>da</strong> Motta<br />

analisa as possibili<strong>da</strong>des de internalização <strong>da</strong>s externali<strong>da</strong>des ambientais<br />

através de cobrança e <strong>da</strong> criação de mercados. Conclui com uma avaliação<br />

dos limites e <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> valoração e <strong>da</strong> precificação econômica<br />

do meio ambiente.<br />

Mário Sérgio Vasconcelos analisa o papel <strong>da</strong>s instituições financeiras na<br />

transição para uma economia verde. O autor argumenta que a partir dos anos<br />

1990 uma série de compromissos voluntários e auto-regulações têm sido imple-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!