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Revista-Politica-Ambiental-jun-Econ-Verde.pdf - José Eli da Veiga

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19<br />

ECONOMIA VERDE<br />

Desafios e<br />

oportuni<strong>da</strong>des<br />

O relatório apresenta ain<strong>da</strong> resultados e recomen<strong>da</strong>ções por setores específicos,<br />

apontando as oportuni<strong>da</strong>des setoriais gera<strong>da</strong>s pela transição para<br />

a economia verde, incluindo a redução <strong>da</strong> pobreza, criação de empregos e<br />

fortalecimento <strong>da</strong> equi<strong>da</strong>de social e manutenção e restauração do capital<br />

natural. Dentre eles, cabe-se destacar:<br />

Delineamentos de uma<br />

economia verde<br />

Helena Boniatti Pavese<br />

Agricultura<br />

A redução do desmatamento e o aumento no reflorestamento geram<br />

benefícios à agricultura e às comuni<strong>da</strong>des rurais, através do uso de mecanismos<br />

econômicos e de mercado existentes, como, por exemplo, certificação<br />

<strong>da</strong> madeira, pagamento por serviços ecossistêmicos e potenciais benefícios<br />

advindos de mecanismos REDD+, estratégias essas que atualmente se encontram<br />

em discussão em foro nacional e internacional 11 .<br />

Uma agricultura mais verde assegurará alimento para a crescente<br />

população mundial sem prejuízos aos recursos-base desse setor. Isso<br />

se <strong>da</strong>rá através de uma transição de práticas de agricultura industriais e de<br />

subsistência para padrões mais sustentáveis, com maior eficiência no uso <strong>da</strong><br />

água, uso extensivo de nutrientes orgânicos ou naturais do solo e controle<br />

integrado de pestes 12 .<br />

A transição para uma economia verde também requer fortalecimento de<br />

instituições e o desenvolvimento de infraestrutura em áreas rurais de países em<br />

desenvolvimento. Esse aspecto inclui a remoção de subsídios ecologicamente<br />

perversos e a promoção de reformas regulatórias que incluam nos preços dos<br />

alimentos e commodities os custos <strong>da</strong> degra<strong>da</strong>ção 13 .<br />

Esverdear a agricultura em países em desenvolvimento, concentrando-a<br />

em pequenas proprie<strong>da</strong>des, pode reduzir a pobreza ao mesmo tempo em<br />

que permite investir no capital natural do qual os mais pobres dependem. A<br />

adoção de práticas sustentáveis (como agroflorestas, gestão integra<strong>da</strong> de<br />

nutrientes e de pragas) é uma <strong>da</strong>s maneiras mais eficientes para aumentar a<br />

disponibili<strong>da</strong>de de alimentos e facilitar o acesso aos mercados internacionais<br />

emergentes para produtos verdes. A adoção de tais práticas poderá mover a<br />

agricultura <strong>da</strong> posição de um dos maiores emissores de gases do efeito estufa<br />

para uma de neutrali<strong>da</strong>de, contribuindo ain<strong>da</strong> para reduzir o desmatamento e<br />

o uso de água em 55% e 35%, respectivamente 14 .<br />

Nº 8 • Junho 2011<br />

11. UNEP (2011b), p.6.<br />

12. UNEP (2011b). p.7.<br />

13. UNEP (2011b). p.7.<br />

14. UNEP (2011b). p.9.

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