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cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

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1234. CARTAS A ENCUENTRO: UMA DIMENSÃO TEÓRICO-HISTÓRICA4.1. O LEITOR COMO SUJEITO NA RELAÇÃO OBRA E PÚBLICONeste capítulo serão apresenta<strong>da</strong>s as cartas como ilustrativas, no conjunto <strong>da</strong><strong>revista</strong>, <strong>da</strong> história atual de Cuba vivi<strong>da</strong> pelos leitores, <strong>cuba</strong>nos <strong>em</strong> sua maioria, e outraparcela significativa de estrangeiros interessados pela <strong>cultura</strong> <strong>cuba</strong>na, que a compartilhamcom os colaboradores <strong>da</strong> Encuentro de la Cultura Cubana, numa experiência dialoga<strong>da</strong> entreos que escrev<strong>em</strong> e os que lê<strong>em</strong>. As cartas traduz<strong>em</strong> a reciproci<strong>da</strong>de de uma “históriapossível” 213 para os <strong>cuba</strong>nos, no atual contexto <strong>da</strong> institucionalização <strong>da</strong> dupla condição desuas vi<strong>da</strong>s, transcorrido por um imaginário <strong>da</strong>s relações estabeleci<strong>da</strong>s entre “ser” e “não ser”revolucionário. E essa “história possível” é a pretendi<strong>da</strong> pela representação que vivencia afragmentação do que é ser <strong>cuba</strong>no na Ilha e o que é ser <strong>cuba</strong>no no exílio e busca superá-lacom o discurso desmistificador do antagonismo imposto.A experiência compartilha<strong>da</strong> pelos leitores com a <strong>revista</strong> aponta a perspectiva deuma nova vi<strong>da</strong> para si e uma nova história para Cuba. Esse é um <strong>da</strong>do no qual a Encuentro dela Cultura Cubana t<strong>em</strong> ganhado ressonância <strong>em</strong> seus apontamentos reflexivos e críticos<strong>sob</strong>re a nova geografia política <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de <strong>cuba</strong>na, o espaço <strong>da</strong> Ilha e o espaço <strong>da</strong> diáspora.São gerações distintas, pré-revolucionárias e pós-revolucionárias, tanto entre os autores,quanto leitores, que entrecruzam suas experiências por meio <strong>da</strong> comunicação narrativa,tornando-as condição real, concreta e histórica no conjunto <strong>da</strong>s representações <strong>sob</strong>re Cubahoje. As experiências são narra<strong>da</strong>s, pol<strong>em</strong>iza<strong>da</strong>s e se convert<strong>em</strong> <strong>em</strong> expectativas de umporvir. S<strong>em</strong> que tal porvir seja claramente delineado numa visão teleológica, mas o sentido deuma socie<strong>da</strong>de plural plenamente aceita, dentro e fora de Cuba, compõe o anseio dessacomuni<strong>da</strong>de de escritores e leitores, que somam experiências e acenam expectativas diversas.Para a relação entre experiência e expectativa pod<strong>em</strong>os encontrar <strong>em</strong> ReinhartKoselleck, Futuro Passado, sua elaboração teórica mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>, perfilando o “espaço deexperiência e horizonte de expectativa” como categorias históricas que fun<strong>da</strong>mentam a“possibili<strong>da</strong>de histórica” e não tanto a história propriamente dita. Isto significa que tais213 KOSELLECK, Reinhart. Futuro Pasado. Para una s<strong>em</strong>ántica de los ti<strong>em</strong>pos históricos. EdicionesPaidos. Barcelona, 1993. P. 332

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