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cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

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52Tabela 2.2: Colaboradores Cubanos (Não Exilados / Exilados)DescriçãoMulheres Homens TotalQde % Qde % Qde %Não Exilados 24 18,8 104 81,2 128 33,1Exilados 43 16,6 216 83,4 259 66,9Totais 67 17,3 320 82,7 387 100.0Fonte: Revista Encuentro de la Cultura Cubana (Vol. 01 ao 25)A tabela acima na coluna do total apresenta 128 (33.1%) <strong>cuba</strong>nos não exiladosque escrev<strong>em</strong> para a <strong>revista</strong> e 259 (66,9%) exilados. Um <strong>da</strong>do que revela uma quanti<strong>da</strong>deimportante de intelectuais <strong>cuba</strong>nos no exílio, um pouco mais que o dobro que os que seencontram dentro de Cuba, criando um espaço de referência para o contato e discussão <strong>da</strong>identi<strong>da</strong>de <strong>cultura</strong>l <strong>cuba</strong>na. Esses números contribu<strong>em</strong> para a compreensão do perfil <strong>da</strong><strong>revista</strong> Encuentro de la Cultura Cubana, pois sinalizam a relevância que o exílio t<strong>em</strong>des<strong>em</strong>penhado no atual contexto histórico de Cuba, quando parte significativa de seusintelectuais busca <strong>em</strong> outros territórios um meio de “falar a ver<strong>da</strong>de ao poder”, função queEdward Said atribui aos intelectuais. 66 Os <strong>da</strong>dos apontam também a relação entre a produçãodo exílio externo e interno (que será abor<strong>da</strong><strong>da</strong> no capítulo três). Pois é considerável o númerode colaboradores intelectuais dentro de Cuba que diverge do Estado e se submete ao risco deperseguições políticas, mas resiste ao isolamento e à marginalização <strong>em</strong> seu próprio país,participa com persistente interesse dessa interação narrativa. Esses <strong>da</strong>dos caracterizam ain<strong>da</strong> ocontexto do exílio <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1990 <strong>em</strong> que as condições para uma saí<strong>da</strong> por meio dodiscurso do diálogo ganham força e convicção entre um número crescente de intelectuais<strong>cuba</strong>nos de “fora” e de “dentro”. O discurso <strong>da</strong> relação entre Cuba e o exílio se confirma pelaparticipação efetiva desses intelectuais, oriundos de ambos os territórios, na produção <strong>da</strong><strong>revista</strong> que abre a possibili<strong>da</strong>de de identificação <strong>cultura</strong>l <strong>cuba</strong>na s<strong>em</strong> a culpa de não serrevolucionário.Seguindo na análise <strong>da</strong> tabela 2.2, a primeira linha horizontal apresenta os nãoexilados, 24 (18,8%) mulheres e 104 (81,2%) homens. Na segun<strong>da</strong> linha mostra oscolaboradores exilados, sendo 43 (16,6%) mulheres e 216 (83,4%) homens. Tanto <strong>em</strong> Cuba,quanto no exílio, os autores <strong>cuba</strong>nos homens são maioria <strong>em</strong> relação às mulheres. A diferença<strong>em</strong> termos percentuais entre colaboradores homens e mulheres que resid<strong>em</strong> <strong>em</strong> Cuba (62,4%)é menor que a diferença entre os que se encontram no exílio (66,8%). A diferença caberia umestudo mais detalhado acerca <strong>da</strong>s condições de exílio para esses intelectuais, mulheres e66 SAID, Edward. Representações do Intelectual. As conferências Reith de 1993. Companhia <strong>da</strong>s Letras. SãoPaulo. 2005. p.11

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