13.07.2015 Views

cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

160destacou a repercussão que esta t<strong>em</strong> alcançado ao que ele denomina de “Ilha oficiosa”:He leído el número 1 y me ha gustado mucho, ad<strong>em</strong>ás parece tener fuerteinfluencia como indica la reacción de la Isla oficiosa.” CARMELO MESA-LAGO (Pittsburgh. 1997. Vol. 3. p.190)Trata-se de uma carta breve, mas que contém uma observação característica dopresente contexto simbólico expresso pela “reação <strong>da</strong> Ilha oficiosa”, referindo-se à parcela <strong>da</strong>população <strong>cuba</strong>na que não compartilha com a ideologia oficial e à influência que a <strong>revista</strong>proporciona neste meio, o que nos faz pensar na existência do imaginário também de uma‘Ilha oficial’ que, por sua vez, t<strong>em</strong> uma reação contrária quanto à abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> <strong>da</strong> <strong>revista</strong>. Acarta compartilha a compreensão de uma comunicação que circula no interior de uma situaçãooficial adversa, <strong>em</strong> que se busca o movimento de idéias entre os leitores. É o sinal de umaresistência que se constrói no debate <strong>da</strong>s idéias ao que se impôs como divisão entre a chama<strong>da</strong>“Ilha oficial” e a “Ilha oficiosa”. São denominações que retratam a imag<strong>em</strong> inverti<strong>da</strong> de umreal forjado para justificar a fragmentação.Essa fragmentação entre os <strong>cuba</strong>nos se instituiu pelo discurso reproduzido paraalimentar a continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> oficial revolucionária, mas que, por outro lado, o contradiscursoestá presente na linha editorial, <strong>em</strong> vários artigos como também nas cartas dosleitores <strong>da</strong> Encuentro de la Cultura Cubana, compondo uma outra representação ou outrasrepresentações no atual contexto histórico de Cuba. É também uma questão de <strong>sob</strong>revivênciapara os <strong>cuba</strong>nos, assim como morar, alimentar-se, vestir-se, trabalhar, estu<strong>da</strong>r, enfim, é ver ofim desta classificação que v<strong>em</strong> separando famílias, amigos, revolucionários, religiosos,profissionais ao longo de quase cinco déca<strong>da</strong>s.Cubanos <strong>em</strong> outros cantos do mundo expressam o mesmo sentimento deidentificação com o espaço criado pela <strong>revista</strong> para o diálogo internacional, como relata acarta de Cristina Piza <strong>em</strong> Londres:Uno de los sentimientos sofocantes tanto de La Habana como de Miami esel constante separatismo que hay entre <strong>cuba</strong>nos y extranjeros, entre nonCuban miamians, etc… Era necesario un espacio donde se intercambiaranEstudos Cubanos pela Universi<strong>da</strong>de de Pittsburgh <strong>em</strong> Miami, <strong>da</strong> qual foi diretor do Centro de Estudos <strong>sob</strong>reAmérica Latina. Além disso t<strong>em</strong> publicado diversos ensaios na Encuentro de la Cultura Cubana acerca <strong>da</strong>situação econômica, política e do sist<strong>em</strong>a de seguri<strong>da</strong>de social <strong>em</strong> Cuba. Ele foi secretário geral do Banco deSeguri<strong>da</strong>de Social de Cuba no primeiro ano <strong>da</strong> Revolução, e no início dos anos 1960 se estabeleceu <strong>em</strong> Miami,onde reside até os dias de hoje. Carmelo Mesa-Lago recebeu homenag<strong>em</strong> <strong>da</strong> <strong>revista</strong> no volume 34/35 no iníciodo ano de 2005.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!