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cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

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127até sua evolução no século XIX, como estratégia ficcional <strong>da</strong> narrativa, <strong>da</strong> poesia e enfim, desua concepção teórica literária mais recente. Mas delimitar sua dimensão estética e reflexiva<strong>em</strong> que d<strong>em</strong>ocratiza a relação autor e leitor, posicionando-os num mesmo plano <strong>em</strong> que sedesmistifica o inalcançável. T<strong>em</strong>-se uma comunicação <strong>em</strong> que estabelece a troca narrativa, oencontro de vivências numa linguag<strong>em</strong> de aproximação de espaço, de idéias e dedivergências. Trata-se também de uma dimensão estética <strong>em</strong> que a recepção faz conexão coma produção <strong>da</strong> obra, na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que o diálogo com esta última traz as múltiplascomunicações percorri<strong>da</strong>s entre leitores e não leitores diretos <strong>da</strong> <strong>revista</strong>.A conexão entre a <strong>revista</strong> e o leitor se fun<strong>da</strong>menta nos estudos formulados pelateoria <strong>da</strong> recepção na déca<strong>da</strong> de 1960, <strong>da</strong> “Escola de Constanza” na Al<strong>em</strong>anha, especialmentepor Hans Robert Jauss, que debatia com os filólogos <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Constanza acerca deuma nova teoria literária orienta<strong>da</strong> para a “estética <strong>da</strong> recepção e do efeito”. Em ExperienciaEstetica y Hermeneutica Literaria (1977), Jauss desenvolve a teoria <strong>da</strong> “hermenêutica <strong>da</strong>recepção” partindo <strong>da</strong> função representativa não só <strong>da</strong> criação do autor ou de sua obra, masganha importância o sujeito-leitor que ressignifica o texto na interpretação comunicativa e nadifusão. Traz a correspondência entre as ativi<strong>da</strong>des produtivas, receptivas e comunicativas.Sendo que a natureza <strong>da</strong> recepção confere a condição de sentido <strong>da</strong> produção <strong>da</strong> experiênciahumana <strong>em</strong> sua ação comunicativa.A experiência estética resulta <strong>da</strong> dinâmica <strong>da</strong> intersubjetivi<strong>da</strong>de <strong>em</strong> comunicação,interagindo indivíduo e socie<strong>da</strong>de o que Jauss chama de “práxis estética”. Fun<strong>da</strong>menta osentido de liber<strong>da</strong>de tanto na produção (ou no ato <strong>da</strong> criação) quanto na recepção que s<strong>em</strong>anifesta <strong>sob</strong> a forma transgressora no “entorno” <strong>da</strong> relação texto-leitor. Considerandoentorno como o contexto histórico onde a repercussão <strong>da</strong> comunicação ocorre. 217A relação entre autores e leitores <strong>da</strong> Encuentro de la Cultura Cubana, conformese apresenta, oferece por meio <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong> literária e científica social a visibili<strong>da</strong>de de umavi<strong>da</strong> interposta entre os <strong>cuba</strong>nos que habitam diferentes territórios que possibilita asignificação de uma outra história, com outra narrativa e outra interpretação de seu cotidiano.Esta interposição de vi<strong>da</strong>s projeta o sentir-se <strong>cuba</strong>no nas duas dimensões intercruza<strong>da</strong>s. O<strong>cuba</strong>no que está dentro <strong>da</strong> Ilha, nas condições de impossibili<strong>da</strong>de de livre expressão,identifica-se com os anseios e a linguag<strong>em</strong> do <strong>cuba</strong>no que se encontra fora pelas mesmasrazões de limitação oficial <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong>. Desse modo as identificações se permeiam pelaoportuni<strong>da</strong>de do trânsito <strong>da</strong> comunicação.217 JAUSS, Hans Robert. Experiencia Estética y Hermenéutica Literaria – Ensayos en el campo de laexperiencia estética. Ed. Taurus. 1977. pp. 17-18

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