13.07.2015 Views

cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

cultura e política em cuba sob o prisma da revista - UFG

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

72intereses de la nación entera, nadie puede alegar con razón un derecho contraella.Creo que esto es bien claro. ¿Cuáles son los derechos de los escritores y delos artistas revolucionarios o no revolucionarios? Dentro de la Revolución,todo; contra la Revolución, ningún derecho. 90Pode-se observar <strong>da</strong>s palavras de Fidel Castro que a liber<strong>da</strong>de de conteúdoconsidera<strong>da</strong> essencial à expressão dos escritores e artistas se traduz naquela <strong>em</strong> que seencontre nos limites <strong>da</strong> Revolução. É <strong>da</strong>do o direito de somente à Revolução existir, portanto,to<strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de dentro dela é permiti<strong>da</strong>; mas fora dela esse direito já não existe e nenhumaliber<strong>da</strong>de é consenti<strong>da</strong>, como enfatiza, <strong>sob</strong>retudo, no último parágrafo. Liber<strong>da</strong>de dentro <strong>da</strong>Revolução significa que a <strong>cultura</strong> passa a ser política controla<strong>da</strong> pelo Estado. E segundoArrufat, “Donde to<strong>da</strong> activi<strong>da</strong>d <strong>cultura</strong>l es una activi<strong>da</strong>d del Estado, ser marginado por elpropio Estado constituye casi un destino.” 91Para o intelectual, ser deslocado de sua ativi<strong>da</strong>de criadora e des<strong>em</strong>penhar funçõesque a restring<strong>em</strong> é uma situação que representa não só a falta de reconhecimento por parte dopoder público, mas a inviabili<strong>da</strong>de de ser conhecido perante a socie<strong>da</strong>de e de dialogar com osinterlocutores de uma comunicação social mais ampla. É impor-lhe a ruptura com asocie<strong>da</strong>de, tanto do ponto de vista profissional quanto <strong>em</strong> suas relações sociais mais próximas.Afasta-o de seus vínculos <strong>cultura</strong>is para deslegitimá-lo de to<strong>da</strong>s as formas de manifestação <strong>da</strong>própria <strong>cultura</strong>, seja a popular ou a considera<strong>da</strong> intelectualmente produzi<strong>da</strong>. Enfim, é imporlheo exílio interno. O intelectual, <strong>em</strong> geral, ocupa no quadro social o lugar entre o poder e asocie<strong>da</strong>de, sendo porta-voz desta na compreensão crítica de uma estrutura dominante. Comotambém, pode se constituir num sustentáculo teórico de uma posição oficial. Mas seudes<strong>em</strong>penho t<strong>em</strong> relevância social na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que dinamiza e recria as idéias que circulamna socie<strong>da</strong>de, sinaliza mu<strong>da</strong>nças e põe <strong>em</strong> movimento as representações sócio-<strong>cultura</strong>is.Edward Said afirma que: “Uma <strong>da</strong>s tarefas do intelectual reside no esforço <strong>em</strong> derrubar osestereótipos e as categorias redutoras que tanto limitam o pensamento humano e acomunicação”. 92O apoio que a intelectuali<strong>da</strong>de <strong>cuba</strong>na, a latino-americana e européia dedicaram àRevolução Cubana, numa expectativa de que o desenvolvimento social adviria de um projetocoletivo, de uma consciência revolucionária e não dependente <strong>da</strong>s forças capitalistas de90 Citado por Roberto Fernández Retamar <strong>em</strong> Cuarenta años después. Disponível <strong>em</strong>:http://www.oceanbooks.com.au/espanol/puntos/pun3791 Op. cit. p. 11792 SAID, Edward. Representações do Intelectual: as Conferências Reith de 1993. Companhia <strong>da</strong>s Letras. SãoPaulo. 2005. p. 10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!