84efectiva mi gestión promoviendo la identi<strong>da</strong>d nacional <strong>cuba</strong>na, que se habíaarticulado en nuestro siglo con el pensamiento socialista. Aprecié que paraeste <strong>em</strong>peño era necesario <strong>em</strong>plear, en el campo sutil y delicado del arte y dela <strong>cultura</strong>, los estilos políticos de Martí y Fidel. 118As citações acima correspond<strong>em</strong> a um imaginário que <strong>sob</strong>revive entre os <strong>cuba</strong>nose ve<strong>em</strong>ent<strong>em</strong>ente abor<strong>da</strong>do pelos intelectuais que, <strong>em</strong> geral, vivenciaram a pressão desta<strong>cultura</strong> oficial <strong>em</strong> tentar atrelar a “identi<strong>da</strong>de nacional <strong>cuba</strong>na” ao “pensamento socialista”,conforme expressa Armando Hart, e se colocam na luta pela desconstrução do discurso deuma <strong>cultura</strong> institucionaliza<strong>da</strong> por um aparato burocrático do Estado, que censura a produçãoartística e intelectual à marg<strong>em</strong> <strong>da</strong>s instituições oficiais. E a escrita no exílio, representa<strong>da</strong>pela Encuentro de la Cultura Cubaana, t<strong>em</strong> apontado para a de<strong>sob</strong>strução do processo<strong>cultura</strong>l subordinado às instituições oficiais.Como ex<strong>em</strong>plo dessa iniciativa de desconstrução <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> oficial, t<strong>em</strong>os a cartaaberta escrita por Ricardo Alberto Pérez e Rolando Sánchez Mejíaz, por ocasião <strong>da</strong> entrega deuma mostra de poesia <strong>cuba</strong>na à direção <strong>da</strong> <strong>revista</strong> Cúpulas do Instituto Superior de Arte deHavana, <strong>em</strong> que os textos de Rolando Sánchez Mejíaz foram eliminados pela direção, <strong>sob</strong> aalegação de razões políticas. Essa carta é contundente quanto ao questionamento <strong>da</strong>institucionalização <strong>da</strong> <strong>cultura</strong>. A concepção de que a <strong>cultura</strong> é produto de uma instituição,impôs uma clausura <strong>cultura</strong>l que fomentou o fenômeno do exílio, abor<strong>da</strong>do pelos autorescomo único caminho a promover os artistas e escritores <strong>cuba</strong>nos, como se vê pelo que elesin<strong>da</strong>gam:Para qué crear tantas instituciones <strong>cultura</strong>les, escuelas de arte, etc., sifinalmente la censura y la vigilancia <strong>sob</strong>re la producción artística eintelectual se imponen; si el exilio – “blando” o “duro” – va siendo el únicocamino para gran parte de las nuevas promociones e artista y escritores<strong>cuba</strong>nos? 119Outro questionamento é feito a partir de um olhar estrangeiro, tendo comoparâmetro inicial a imag<strong>em</strong> de Cuba antes <strong>da</strong> Revolução como um país subdesenvolvido, com118 Citado por Roberto Fernández Retamar. Cuarenta años después. Disponível <strong>em</strong>:www.oceanbooks.com.au/espanhol/puntos/punArmando Hart foi Ministro <strong>da</strong> Educação <strong>em</strong> Cuba nos primeiros anos <strong>da</strong> Revolução. Em 1976 foi designado acriar o Ministério <strong>da</strong> Cultura e o dirigiu até o ano de 1997. Desde então é m<strong>em</strong>bro do Conselho de Estado <strong>da</strong>Republica de Cuba e preside a Socie<strong>da</strong>de Cultural José Martí119 Pérez, Ricardo Alberto. Mejías, Rolando Sánchez. Carta abierta: Ser intelectual en Cuba: ficción (o reali<strong>da</strong>d).Revista Encuentro… Madrid. Otoño de 1996.Vol.2. p.96
85alto índice de analfabetismo, prostíbulo dos Estados Unidos e miséria. Então, a Revoluçãoviria erradicar os probl<strong>em</strong>as sociais básicos. Mihály Dês, escritor húngaro, residente <strong>em</strong>Barcelona, onde dirige a <strong>revista</strong> Lateral, atribui <strong>em</strong> seu ensaio La Isla Continental à imag<strong>em</strong>acima descrita como um construto do próprio regime castrista que estabelecia um marcodivisório entre Cuba de Batista e de Fidel. O intuito era de d<strong>em</strong>arcar a revolução como ot<strong>em</strong>po novo que inauguraria uma socie<strong>da</strong>de igualitária e justa. Ele reafirma a crise política erepressiva durante a ditadura de Batista, mas questiona o discurso oficial <strong>sob</strong>re a criseeconômica deste período, pois sustenta que Cuba durante a déca<strong>da</strong> de 1950 ocupou osegundo lugar no PIB entre os países <strong>da</strong> América Latina, perdendo apenas para Venezuela. E,ain<strong>da</strong>, assinala que a economia <strong>cuba</strong>na dependeu mais <strong>da</strong> União Soviética durante o governode Fidel Castro do que <strong>da</strong> norte-americana no período de Batista. 120 É claro que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre<strong>da</strong>dos <strong>sob</strong>re o PIB vêm acompanhados aos índices de desenvolvimento social, pois uma naçãopode apresentar um PIB alto e uma intensa desigual<strong>da</strong>de social, cujo artigo não estabelece osparâmetros sociais de antes e após a Revolução. Mas a escolha desse artigo teve o propósito<strong>em</strong> observar o olhar de um escritor que viveu <strong>em</strong> um país socialista do Leste Europeu,admitindo que durante um t<strong>em</strong>po sua imag<strong>em</strong> era de vislumbramento do socialismo <strong>cuba</strong>nopor se diferenciar no referencial <strong>cultura</strong>l dos trópicos, porém só o conhecimento o fez refletir<strong>sob</strong>re o que havia idealizado:...en aquel entonces ya había leído, fascinado, a Guillén. Y también aCarpentier. Yo tenía mis du<strong>da</strong>s respecto de los regímenes marxistasleninistas.Pero si en Cuba se podían escribir libros tan sutiles <strong>sob</strong>re lascontradicciones y las fuerzas destructoras de las revoluciones como El siglode las luces y El reino de este mundo, de Carpentier, la cosa no debía estartan mal. Ad<strong>em</strong>ás, y <strong>sob</strong>re todo, el régimen comunista <strong>cuba</strong>no no lopercibimos como tal, sino como una revolución diferente, más espontánea ypopular, que buscaba una solución propia a una situación intolerable:miseria, subdesarrollo, esclavitud, enferme<strong>da</strong>des, explotación...En fin, no sabía na<strong>da</strong>, per actuaba como quien lo tiene todo claro. 121To<strong>da</strong>via o que ain<strong>da</strong> t<strong>em</strong> resistido a um projeto de nivelamento político-<strong>cultura</strong>lsão os enunciados <strong>cultura</strong>is que persistent<strong>em</strong>ente faz<strong>em</strong> as diferenças se tornar<strong>em</strong> históricas evisíveis <strong>em</strong> momentos de crise política. A <strong>cultura</strong> não institucionaliza<strong>da</strong>, mas vivi<strong>da</strong> e senti<strong>da</strong>ao toque do son, <strong>da</strong> rumba, do tambor, essa mistura de poesia e música africana com asinfluências <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> espanhola, <strong>da</strong> espontanei<strong>da</strong>de do deixar incorporar diferentes <strong>cultura</strong>s,120 DÊS, Mihály. La Isla Continental. La Cuba que vi fuera de Cuba. Revista Encuentro… Madrid. Otoño de1996. Vol.2.p. 98121 Ibid<strong>em</strong>. pp. 101-102
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