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FICHA CATALOGRÁFICA D812e Duarte, Ana Helena da Silva ...

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Essas empresas foram se desmobilizando e a locali<strong>da</strong>de entrou em decadência. A<br />

partir <strong>da</strong>í, o garimpo tornou-se extremamente enfraquecido, deixando de ser o principal<br />

fator econômico. Parte <strong>da</strong> população começou a emigrar para outras regiões, em busca<br />

de sua sobrevivência.<br />

Por muitos anos o garimpo e o culto religioso an<strong>da</strong>ram juntos. Com a decadência<br />

do garimpo, a igreja tornou-se mais forte. Essas mu<strong>da</strong>nças já se tornaram visíveis por<br />

volta de 1916, com o fortalecimento do templo de Nossa Senhora. A função religiosa<br />

ganhou ca<strong>da</strong> vez mais repercussão e as ativi<strong>da</strong>des econômicas passaram a girar em<br />

torno <strong>da</strong> vocação religiosa. É o que afirma Souza em seu estudo sobre o município: não<br />

<strong>da</strong>ria, realmente, para separar a economia do município de sua função religiosa. 75<br />

Com a ascendência progressista do culto religioso, e não existindo na ci<strong>da</strong>de<br />

estrutura para hospe<strong>da</strong>r tantos romeiros e vendedores ambulantes, os moradores <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong>de passaram a alugar, no período <strong>da</strong> festa, alpendres, terrenos, quartos, passeios<br />

públicos em frente às suas casas, para os comerciantes que vivem de festa em festa (não<br />

só de cunho religioso, mas também as festas de peão, exposições agropecuárias). Os<br />

quintais de muitas <strong>da</strong>s casas são abertos e transformados em estacionamentos para<br />

turistas, com taxa de utilização variando de 5 a 10 reais por dia.<br />

Muitos moradores transformam os alpendres de suas casas em barzinhos e<br />

restaurantes, servindo comi<strong>da</strong>s caseiras em marmitex e também os chamados pratos<br />

feitos.<br />

A população local tem cultivado esse “lucro eventual” dos períodos de festas,<br />

sendo a principal delas a de Nossa Senhora d’Abadia e outras, tais como grandiosas<br />

conga<strong>da</strong>s, encontro de folias-de-reis, festa de São Benedito, do Divino Espírito Santo<br />

(padroeiro <strong>da</strong> paróquia). Tais festas têm patrocinado um ciclo de comemorações<br />

religiosas que realimentam economicamente a ci<strong>da</strong>de como centro turístico de<br />

peregrinação.<br />

No restante do ano, os moradores se ocupam <strong>da</strong> agricultura (soja, milho, arroz,<br />

café) e também <strong>da</strong> pecuária. O comércio local atende às necessi<strong>da</strong>des básicas <strong>da</strong><br />

Ver também:<br />

VIEIRA, Padre Primo Maria. Monografia <strong>da</strong> Paróquia e Santuário Episcopal de Nossa Senhora<br />

d’Abadia de água Suja. Romaria: Academia de Nossa Senhora de Abadia, 2001. p. 49-67.<br />

75<br />

SOUZA, Geovane <strong>da</strong> <strong>Silva</strong>. Conhecendo Romaria. Uberlândia: UFU, 1986 (Monografia/Bacharelado<br />

em Geografia). p. 31.<br />

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