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FICHA CATALOGRÁFICA D812e Duarte, Ana Helena da Silva ...

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população (farmácias, uma agência bancária, mercearias e algumas pequenas lojas). 76<br />

No que diz respeito às ativi<strong>da</strong>des agropecuárias, o município conheceu um importante<br />

incentivo por parte dos governos militares, quando <strong>da</strong> criação do Pólo Centro em 1975<br />

(II PND), objetivando transformar os cerrados em terras produtivas para a exportação de<br />

grãos. Em Minas Gerais, Romaria foi considera<strong>da</strong> uma área prioritária, recebendo<br />

significativos financiamentos, concedidos não só a particulares, como à própria<br />

prefeitura que deveria investir em construção de estra<strong>da</strong>s vicinais, silos armazenadores,<br />

telefonia, escolas, postos de saúde rurais. 77<br />

A pequena Romaria, desde a que<strong>da</strong> do garimpo, vem explorando ativi<strong>da</strong>des em<br />

torno <strong>da</strong> fé, o que geralmente é característica comum <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des nas quais a história se<br />

fez em torno de um santuário, onde a tradição oral e os depoimentos dos romeiros são o<br />

que divulgam a ci<strong>da</strong>de e os milagres concedidos por N. S. d’Abadia, 78 incentivando<br />

outras pessoas que buscam por necessi<strong>da</strong>des de graças. Além disso, atualmente é<br />

possível observar que esta festa, constante do calendário religioso regional, já é<br />

divulga<strong>da</strong> pela imprensa de forma intensiva: TV, rádios e jornais <strong>da</strong> região publicam<br />

matérias sobre o evento, inclusive os problemas de falta de infra-estrutura enfrentados<br />

pelo poder público:<br />

[...] Nós instituímos a cobrança do pedágio às portas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de cr$5,00 por carro<br />

mais a título de uma colaboração do fiel de Nossa Senhora de Abadia que ao adquirir o<br />

selo contribuirá com os gastos que a prefeitura tem de para criar infra- estrutura para os<br />

romeiros: alojamentos, sanitários públicos, segurança, água potável. Porque essas<br />

despesas não podem sair dos cofres públicos e a ci<strong>da</strong>de antes alugava os espaços <strong>da</strong>s<br />

76<br />

Idem. p. 31.<br />

77<br />

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. II Plano Nacional de Desenvolvimento.1975/1979, Brasília:<br />

Distrito Federal, 1975.<br />

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Polo Centro – Recursos de<br />

Área de Ação. Belo Horizonte: SEPLAM, 1980.<br />

POLOCENTRO. Síntese <strong>da</strong>s Ativi<strong>da</strong>des do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados. Polo Centro em<br />

Minas Gerais. (1975/1979). Belo Horizonte: Junho 1984.<br />

78<br />

A origem <strong>da</strong> devoção à santa milagrosa Nossa Senhora d’Abadia se deu no ano de 1107, no Mosteiro<br />

dos Monges, em Portugal. O sinal que levou a se encontrar a imagem foi um “clarão” que começou a<br />

aparecer to<strong>da</strong>s as noites nos penedos. Com o intuito de se verificar a procedência de tal clarão, Frei<br />

Lourenço, responsável pelo mosteiro, e Frei Paio Amado, também habitante do mosteiro, foram<br />

averiguar, e encontraram a imagem de Nossa Senhora esculpi<strong>da</strong> em pedra. Levaram a imagem para o<br />

mosteiro. No local onde estava a imagem foi construí<strong>da</strong> inicialmente uma pequena ermi<strong>da</strong> e cômodos<br />

para sua habitação e, mais tarde, uma grande igreja. O nome Abadia deveu-se ao fato de ela ter sido<br />

encontra<strong>da</strong> no mosteiro dos monges e, o superior dos monges receber o nome de Abade.<br />

A notícia do aparecimento <strong>da</strong> imagem e do culto à santa se espalhou e tornou-se bastante forte, sendo esse<br />

culto religioso considerado o mais antigo de Portugal. O culto se proliferou por outros continentes, devido<br />

ao poder colonizador de Portugal. Dessa maneira, pode se entender o motivo do culto a essa santa em<br />

Romaria, já que seus primeiros habitantes eram portugueses. DAMASCENO, Maria <strong>da</strong>s Dores. Op. cit. p.<br />

36-37.<br />

42

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