13.04.2013 Views

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

instalaram na sua própria gleba. Por isso, pu<strong>de</strong>ram<br />

cultivar e plantar com planejamento. A partir daí,<br />

conseguiram <strong>de</strong>senvolver também as ativida<strong>de</strong>s<br />

culturais fundan<strong>do</strong> o Centro Cultural, não acham?<br />

MIYAJI - Exatamente.<br />

MURAYAMA - Sr. Ueao, o que acha?<br />

UENO - Estar situa<strong>do</strong> próximo <strong>de</strong> São Paulo, e as<br />

condições climáticas favoráveis. Posso dizer isso<br />

porque eu morei nas regiões <strong>de</strong> Marília e Presi<strong>de</strong>nte<br />

Pru<strong>de</strong>nte. Além disso, a comunida<strong>de</strong> nipo-<br />

brasileira daqui não ficou composta apenas por<br />

elementos japoneses que vieram antes da Segunda<br />

Guerra e seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes nisseis e sansseis.<br />

Vieram se juntar à coletivida<strong>de</strong> também os<br />

imigrantes <strong>do</strong> após guerra, como os jovens<br />

agricultores introduzi<strong>do</strong>s pela C.A.C., que<br />

influenciaram na parte moral e espiritual trazen<strong>do</strong><br />

boas conseqüências a esta socieda<strong>de</strong> nipo-<br />

brasileira.<br />

MURAYAMA - Sr. Muramatsu, o que acha?<br />

MURAMATSU - É como já disseram antes. A<br />

distância até São Paulo tem apenas setenta<br />

quilômetros e as condições para a agricultura<br />

suburbana são bastante favoráveis.<br />

SAITO - Esta distância <strong>de</strong> setenta quilômetros é<br />

ótima. Dá para tomar um trago e voltar para casa.<br />

Porém, ultimamente estamos per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> terreno para<br />

as regiões mais próximas <strong>de</strong> São Paulo.<br />

SHIMIZU - O la<strong>do</strong> bom <strong>de</strong> Ibiúna, só dá para notar<br />

comparan<strong>do</strong> com as outras regiões. Antes <strong>de</strong> mudar<br />

para cá, morei em República Dominicana. Alguns<br />

anos <strong>de</strong>pois, visitei República Dominicana com<br />

minha família e senti que foi bom ter muda<strong>do</strong> para<br />

Ibiúna, pois a agricultura urbana é indispensável.<br />

MURAYAMA - Agora, gostaria que falassem a<br />

respeito das ativida<strong>de</strong>s culturais e sobre a<br />

Associação das Senhoras e a Associação <strong>do</strong>s<br />

120<br />

Jovens que estão sob o controle <strong>do</strong> Centro Cultural.<br />

MIYAJI - A Associação das Senhoras parece que<br />

está in<strong>do</strong> muito bem, porém, <strong>do</strong>ravante não sei<br />

como vai ser. Acho que vai continuar como agora.<br />

Tanto a dança japonesa, como o arranjo <strong>de</strong> flores,<br />

gostaria que divulgassem também as pessoas não<br />

nikkeis. No interior, nas praças <strong>de</strong> algumas cida<strong>de</strong>s,<br />

observam-se <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> "ikebana" e danças<br />

japonesas. Gostaria que Ibiúna também chegasse<br />

a esse ponto. Outro dia, um banco pediu-me para<br />

patrocinar "ikebana" e eu transmiti à Associação,<br />

mas até hoje não houve qualquer manifestação.<br />

Parece-me que ainda não estão preparadas.<br />

MURAYAMA - Sr. Kawamura, tem algo a dizer?<br />

KAWAMURA - Acho que a questão está em como<br />

reunir as pessoas na se<strong>de</strong> da Socieda<strong>de</strong>. As crianças<br />

estão estudan<strong>do</strong> bem no pensionato, porém, se não<br />

procurarmos cativá-las na medida que vão se<br />

tornan<strong>do</strong> adultos, o Centro Cultural vai per<strong>de</strong>r seus<br />

sucessores porque ninguém vai se interessar por<br />

ele. Transmitir a cultura japonesa é importante, mas<br />

quan<strong>do</strong> chegar na época <strong>do</strong>s nisseis, sansseis e<br />

yonsseis, eles vão indagar "para que isso?" Como<br />

a língua japonesa, comparada com a inglesa e a<br />

espanhola, tem pouca utilida<strong>de</strong>, por isso terá<br />

conseqüência futura na sobrevivência <strong>do</strong> Centro<br />

Cultural.<br />

MURAYAMA - O que acha, sr. Saito?<br />

SAITO - Muitas entida<strong>de</strong>s se juntaram ao Centro<br />

Cultural (Bunkyo), e parece-me que todas estão<br />

in<strong>do</strong> bem, apesar <strong>de</strong> ter algumas observações. O<br />

Bunkyo é uma entida<strong>de</strong> nipo-brasileira <strong>de</strong> Ibiúna,<br />

portanto, acho que <strong>de</strong>vemos pensar a respeito <strong>do</strong><br />

posicionamento <strong>de</strong>sta associação no meio da<br />

socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ibiúna. O Bunkyo tornou-se potente<br />

porque é a única entida<strong>de</strong> nipo-brasileira <strong>de</strong>sta<br />

cida<strong>de</strong>. Nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s tem vários Bunkyos,<br />

por isso dispersam as forças e não conseguem<br />

fortalecer-se. No caso <strong>de</strong> Ibiúna, a Associação das<br />

Senhoras e a Associação <strong>do</strong>s Jovens estão unidas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!