13.04.2013 Views

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SAITO - Ah, é ? Isso não sabia.<br />

KAWAKAMI(Ta) - Para conseguir esse<br />

empréstimo, fomos falar com o Shimomoto. Ele<br />

concor<strong>do</strong>u. Estipulamos o prazo em um ano.<br />

Calculamos que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um ano conseguiríamos<br />

<strong>de</strong>volver com a renda <strong>do</strong> nosso Grupo <strong>de</strong><br />

Transporte. Mas, assim que terminamos a<br />

construção, necessitamos <strong>de</strong> muito dinheiro para<br />

o acabamento e instalações que não foi possível<br />

<strong>de</strong>volver a dívida. Então, combinamos em renovar<br />

o empréstimo. Mas, aconteceu que um <strong>do</strong>s<br />

en<strong>do</strong>ssantes, não sei se posso mencionar o nome,<br />

aquele seu Hirata, recusou continuar sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s<br />

fia<strong>do</strong>res. Não tivemos jeito e fomos falar com o<br />

Shimomoto, se podíamos ter crédito com um fía<strong>do</strong>r<br />

a menos. Ele concor<strong>do</strong>u e esticamos o prazo da<br />

<strong>de</strong>volução. Este fato também faz parte da história.<br />

SAITO - Para nós que viemos <strong>de</strong>pois, é um caso<br />

que nos comove muito. Foi a época difícil, né.<br />

MURAMATSU - Naquela época que eu tinha<br />

chega<strong>do</strong> a Ibiúna, quem estava em plena ativida<strong>de</strong><br />

era o pai <strong>de</strong> sr. Miyaji. Ele usava, acho que era<br />

bota mesmo, né?<br />

MIYAJI - Bota <strong>de</strong> couro.<br />

MURAMATSU - Seu pai e você trabalharam<br />

muito pela nossa comunida<strong>de</strong>.<br />

MIYAJI - A respeito daquele empréstimo para<br />

construir o pensionato. Não conseguíamos <strong>de</strong>volver<br />

o restante <strong>de</strong> $240.000.000 (duzentos e quarenta<br />

contos <strong>de</strong> réis), não foi?<br />

MAEDA - Era $370:000.000 (trezentos e setenta<br />

contos <strong>de</strong> réis).<br />

MIYAJI - Seja como for, o sr. Kawakami me<br />

entregou o cargo para por essa dívida em or<strong>de</strong>m.<br />

Naquela época, o chefe <strong>do</strong> G.T.C. e o <strong>do</strong> pensionato<br />

era a mesma pessoa. Eram cargos acumulativos<br />

para evitar criar duas pessoas com alto cargo e<br />

134<br />

entrarem em choque. Fui <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> a esses postos<br />

e tive que dar um jeito nessa dívida que não havia<br />

solução. Fui expor a nossa situação financeira ao<br />

sr. Shimomoto. Ele que sabia <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> o que se<br />

passava em nossa região, concor<strong>do</strong>u em amortizar<br />

a nossa dívida em troca das moradias <strong>do</strong>s<br />

motoristas que o nosso G.T.C. havia construí<strong>do</strong> em<br />

Ibiúna. Foi feito um levantamento formal para a<br />

quitação.<br />

TODOS - (afirmam)<br />

MIYAJI - Ibiúna conseguiu progredir graças aos<br />

primeiros lí<strong>de</strong>res como sr. Seiki Murakami, sr.<br />

Kawakami e outros. O pai <strong>de</strong> sr. Kawakami<br />

construiu uma garagem <strong>de</strong> 12 por 27 metros; ele<br />

foi o chefe da obra. Certa vez ele ficou<br />

transportan<strong>do</strong> telhas o dia to<strong>do</strong> e esqueceu <strong>de</strong> dar<br />

água ao cavalo que acabou morren<strong>do</strong> <strong>de</strong> se<strong>de</strong>. Seja<br />

como for, se o lí<strong>de</strong>r tomasse uma <strong>de</strong>cisão, to<strong>do</strong>s<br />

seguiam-no custe o que custar. Para construirmos<br />

o pensionato também, to<strong>do</strong>s nós trabalhamos em<br />

forma <strong>de</strong> mutirão. Conseguimos saudar o débito<br />

<strong>do</strong> pensionato graças a compreensão <strong>do</strong> sr.<br />

Shimomoto. Ele era uma pessoa que se empenhava<br />

muito na formação da nova geração. Por isso,<br />

durante a guerra, manteve a Associação <strong>do</strong>s Jovens<br />

Agricultores (Sanseiren). Sr. Takakussa, sr. Murata<br />

eram os lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong>ste movimento. Tinha como<br />

escon<strong>de</strong>rijo os cinco alqueires que o sr. Miyamoto<br />

possuía.<br />

KAWAKAMI (Ta) - Naquela época, se não me<br />

engano, só havia uns quatro caminhões por aqui.<br />

Esses carros estavam expostos a mercê da chuva.<br />

Então fui pedir permissão ao sr. Shimomoto para<br />

construir uma garagem. Porém, ele nem me <strong>de</strong>u<br />

atenção; estava mau humora<strong>do</strong>. Eu não sabia a<br />

razão, mas só <strong>de</strong>pois que alguém me contou o que<br />

havia aconteci<strong>do</strong>. No dia anterior da minha ida à<br />

Cooperativa, a turma <strong>de</strong> Vargem Gran<strong>de</strong> havia<br />

solicita<strong>do</strong> ao Shimomoto construir uma garagem<br />

para <strong>do</strong>is caminhões e isso acabou crian<strong>do</strong> uma<br />

discussão cerrada. Como eu não sabia <strong>de</strong> nada, fiz<br />

o mesmo pedi<strong>do</strong>. Aí, o Shimomoto respon<strong>de</strong>u-me

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!