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História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

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EXALTAÇÃO AOS 50 ANOS DE HISTÓRIA<br />

NA FORMAÇÃO DE ELEMENTOS HUMANOS<br />

TAKAHIKO HORIMURA<br />

Cônsul geral <strong>do</strong> Japão em São Paulo<br />

Congratulo o 50° aniversário da fundação <strong>do</strong> Centro Cultural <strong>de</strong> Ibiúna.<br />

Os japoneses iniciaram a colonização <strong>de</strong> Ibiúna a partir <strong>de</strong> 1930. Quan<strong>do</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s foram liberadas, logo após a Segunda Guerra Mundial, os agricultores japoneses<br />

transformaram esta região na maior produtora <strong>de</strong> batata <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo,<br />

estabelecen<strong>do</strong> também o recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior colheita <strong>de</strong> batatas por cada alqueire plantada.<br />

Houve época em que Ibiúna ficou conhecida como a primeira região produtora no ranking<br />

das ativida<strong>de</strong>s agrícolas <strong>do</strong>s <strong>de</strong>pósitos regionais da Cooperativa Agrícola <strong>de</strong> Cotia.<br />

Ultimamente, como a distância até São Paulo é <strong>de</strong> apenas 70 quilômetros e o clima<br />

ameno, Ibiúna tornou-se uma região preferida pelos agricultores nipo-brasileiros, on<strong>de</strong><br />

eles estão se <strong>de</strong>dican<strong>do</strong> com mais tranqüilida<strong>de</strong> a horticultura, fruticultura, floricultura e<br />

outras produções agropecuárias.<br />

Como a maioria <strong>do</strong>s agricultores aqui resi<strong>de</strong>ntes eram associa<strong>do</strong>s da Cooperativa<br />

Agrícola <strong>de</strong> Cotia, as rendas arrecadadas pelas produções agrícolas foram investidas,<br />

mediante consenso geral, na educação da nova geração, construin<strong>do</strong> pensionato e escola<br />

japonesa, naquela ocasião difícil, tornaram-se alvo <strong>de</strong> muita adminiração <strong>de</strong>ntro da colônia<br />

japonesa. Foi <strong>de</strong>stas instalações que, posteriormente, surgiram o vice-prefeito <strong>de</strong>ste<br />

município e muitos outros elementos <strong>de</strong> <strong>de</strong>staques que estão trabalhan<strong>do</strong> em prol da<br />

coletivida<strong>de</strong> brasileira.<br />

Além disso, nesta região foram assenta<strong>do</strong>s o maior número <strong>de</strong> jovens agricultores<br />

oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Japão, que se imigraram ao Brasil no pós guerra, elementos estes que hoje<br />

estão dan<strong>do</strong> prosseguimento as ativida<strong>de</strong>s culturais e esportivas, juntamente com a<br />

colaboração <strong>de</strong> seus sucessores nipo-brasileiros, cujo espírito <strong>de</strong> cooperação é digno <strong>de</strong><br />

admiração e <strong>de</strong> respeito. Merece menção também o fato <strong>de</strong> que, em 1987, Ibiúna firmou a<br />

convenção <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>-irmã com o município <strong>de</strong> Kushima, da província <strong>de</strong> Miyazaki, Japão, a<br />

fim <strong>de</strong> incentivar o intercâmbio entre os jovens agricultores <strong>de</strong> ambas as regiões para reativar<br />

constantemente as trocas <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>is países.<br />

Lá para o mea<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1980, houve uma gran<strong>de</strong> oscilação na área econômica brasileira<br />

e, consequentemente, mais <strong>de</strong> 200 mil nipo-brasileiros foram trabalhar para as empresas<br />

japonesas no país <strong>de</strong> seus antepassa<strong>do</strong>s. Mediante este êxo<strong>do</strong> <strong>de</strong> elementos nipo-brasileiros,<br />

foram transmiti<strong>do</strong>s também muitos elementos culturais brasileiros ao Japão. De outro la<strong>do</strong>,<br />

simultaneamente, os nipo-brasileiros também tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contactar com a<br />

cultura japonesa e, com isso, estão estreitan<strong>do</strong> a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas duas nações.<br />

Felizmente, Brasil e Japão vem manten<strong>do</strong> tradicionalmente uma profunda amiza<strong>de</strong><br />

também no âmbito internacional, cuja influência, baseada na confiança e no auxílio mútuo,<br />

vem estreitan<strong>do</strong> o laço <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> das novas gerações aos quais <strong>de</strong>positamos muitas<br />

esperanças.<br />

Finalizan<strong>do</strong> a minha mensagem, aqui <strong>de</strong>ixo meus votos para que o Centro Cultural<br />

<strong>de</strong> Ibiúna continue prosperan<strong>do</strong> cada vez mais com um glorioso futuro.<br />

(<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1998)<br />

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