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História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

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Ibiúna, situada ao su<strong>do</strong>este da Serra São<br />

Francisco, inclui na sua área a Serra <strong>do</strong><br />

Paranapiacaba. Lá para os anos <strong>de</strong> 1600, Ibiúna<br />

era uma região coberta por <strong>de</strong>nsas matas virgens.<br />

Como acompanha o litoral paulista, tem<br />

um clima úmi<strong>do</strong>, <strong>de</strong> muita chuva e coberto por<br />

<strong>de</strong>nso nevoeiro quase que o ano inteiro. Portanto,<br />

raramente dava para ver o sol brilhan<strong>do</strong>; daí a<br />

<strong>de</strong>signação "una", que na língua indígena significa<br />

"escuro". O rio Úna que tem sua nascente na Serra<br />

<strong>do</strong> Paranapiacaba, o rio Sorocamirim que nasce<br />

na Serra São Francisco e o rio Sorocabuçú, são os<br />

três rios que se juntavam para formar a cachoeira<br />

Barulhenta, <strong>de</strong>scen<strong>do</strong> no Ituporanga. Assim, cada<br />

um <strong>de</strong>les formava sua <strong>de</strong>sembocadura larga nessa<br />

região pantanosa e úmida.<br />

Segun<strong>do</strong> um <strong>do</strong>cumento, em 1618, um<br />

grupo <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>irantes <strong>de</strong>ixou a vila <strong>de</strong> São Paulo<br />

rumo ao interior <strong>do</strong> continente e, em Cotia,<br />

encontrou duas trilhas <strong>de</strong>ixadas pelos índios. A da<br />

direita seguia na direção da Serra São Francisco e,<br />

a da esquerda, seguia para o fun<strong>do</strong> da Serra <strong>do</strong><br />

Paranapiacaba e chegava até o oceano Atlântico.<br />

É o caminho atual que passa por Domingos,<br />

Sorocamirim, Morro Gran<strong>de</strong> e passa próximo a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ibiúna pelo la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> da estrada<br />

asfaltada, na colina que leva rumo à Pieda<strong>de</strong> e<br />

Tapiraí <strong>de</strong>scen<strong>do</strong> para o litoral. Esta vereda<br />

indígena que <strong>de</strong>u origem, mais tar<strong>de</strong>, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Ibiúna.<br />

Em 1640, Pascoal Moreira Cabral se<br />

instalou em Úna e iniciou o <strong>de</strong>sbravamento da área,<br />

porém, as condições climáticas não foram<br />

favoráveis. Atualmente, Úna daquela época está<br />

submersa na represa, mais ou menos na divisa entre<br />

HISTÓRIA DA REGIÃO DE IBIÚNA<br />

20<br />

o município <strong>de</strong> Votorantim.<br />

Em 1710, Manuel <strong>de</strong> Oliveira Carvalho<br />

recebeu, <strong>do</strong> então rei <strong>de</strong> Portugal, uma área <strong>de</strong><br />

6.000 por 6.000 metros em São Roque, província<br />

<strong>de</strong> Sorocaba. Já naquela ocasião, no arraial havia<br />

mora<strong>do</strong>res conheci<strong>do</strong>s como Moreira, Rosa, Ruivo,<br />

Rolim, Godinho e outros que haviam inicia<strong>do</strong> a<br />

ocupação das terras.<br />

Com a morte <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong> Oliveira, em<br />

1760, a área foi herdada pelo seu filho Manuel <strong>de</strong><br />

Oliveira Costa. Fiel <strong>de</strong>voto da Nossa Senhora das<br />

Torres, este novo proprietário man<strong>do</strong>u construir<br />

uma capela <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua gleba para que to<strong>do</strong>s seus<br />

emprega<strong>do</strong>s e escravos a venerassem.<br />

Ao re<strong>do</strong>r <strong>de</strong>sta capela começou, no<br />

<strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s anos, juntar casas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras e <strong>de</strong><br />

taipas, até formar um pequeno povoa<strong>do</strong> que se<br />

tornou um lugarejo importante aos tropeiros e<br />

viajantes que passavam por ali. Com a <strong>de</strong>scoberta<br />

<strong>de</strong> ouro no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais, esta região teve<br />

um rápi<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. E, como naquela<br />

época os transportes <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>pendiam <strong>de</strong><br />

burros e cavalos, muitas manadas proce<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong>s<br />

pampas riogran<strong>de</strong>nses passavam pelo lugarejo<br />

rumo ao esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais. Esta <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong>spertou o interesse <strong>de</strong> muita gente, que<br />

começaram a <strong>de</strong>smatar os arre<strong>do</strong>res e cultivar milho<br />

e formar pastos para criar burros e cavalos. Assim,<br />

Úna tornou-se uma região agropecuária, produtora<br />

<strong>de</strong> bons animais <strong>de</strong> montaria e <strong>de</strong> carga, como<br />

também <strong>de</strong> milho para aten<strong>de</strong>r o merca<strong>do</strong> mineiro.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, o terreno <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong><br />

Oliveira Costa foi vendi<strong>do</strong> ao coronel Salva<strong>do</strong>r<br />

Leonar<strong>do</strong> Rolim Oliveira. Leva<strong>do</strong> pela fé e<br />

<strong>de</strong>voção <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> lugarejo, o coronel

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