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História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

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Há duas pessoas que vieram antes (aponta o sr.<br />

Takashi Kawakami e o sr. Maeda). O sr. Tsutomu<br />

Kawakami, isto é, o pai <strong>de</strong>le, sr. Shohei, que fez a<br />

garagem ali. Era forte e só ficava trabalhan<strong>do</strong>;<br />

nunca dava a cara por aqui. Mais tar<strong>de</strong> ele mu<strong>do</strong>u<br />

para cá, não foi ?<br />

SAITO - Não sei a respeito <strong>do</strong> começo.<br />

MURAMATSU - Eu tornei-me sócio da<br />

Cooperativa em 1947 e o número <strong>de</strong> associa<strong>do</strong> que<br />

recebi foi 4.046! Fiquei espanta<strong>do</strong> com essa<br />

numeração. Centraliza<strong>do</strong> nesta gran<strong>de</strong> Família<br />

C.A.C. é que conseguimo-nos expandir em todas<br />

as áreas.<br />

HIROTA - É verda<strong>de</strong>. Hoje não sei, mas<br />

antigamente to<strong>do</strong>s os agricultores <strong>de</strong> Ibiúna eram<br />

associa<strong>do</strong>s da C.A.C. Em nenhum lugar havia uma<br />

região tão unida como Ibiúna. <strong>Da</strong>í po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>duzir<br />

o quanto a força da cooperação nos trouxe<br />

benefícios.<br />

KAWAKAMI (Ta) - Um exemplo é o pensionato<br />

estudantil. A Cooperativa instalou o Grupo <strong>de</strong><br />

Transporte Coletivo e isto tornou-se o alicerce para<br />

a construção <strong>do</strong> pensionato para as crianças. No<br />

início foi o sr. Hirata que estava encabeçan<strong>do</strong> o<br />

Grupo, porém como ele ficou <strong>do</strong>ente e pediu<br />

<strong>de</strong>missão, eu fui nomea<strong>do</strong> para levar a empresa<br />

avante. E, o grupo passou a dar lucros, com os quais<br />

construímos o internato estudantil.<br />

SAITO - Quan<strong>do</strong> vim me instalar em Ibiúna, a<br />

construção ainda estava em andamento.<br />

KAWAKAMI (Ta) - Era uma renda e tanto. Ibiúna<br />

foi um local on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os coopera<strong>do</strong>s eram uni<strong>do</strong>s<br />

e faziam uso <strong>do</strong> transporte <strong>do</strong> G.T.C., conforme os<br />

regulamentos estabeleci<strong>do</strong>s. Houve caso <strong>de</strong><br />

associa<strong>do</strong>s que transportavam seus produtos com<br />

veículo próprio, mas quase 100% <strong>do</strong>s sócios<br />

respeitavam as regras. Por isso o lucro <strong>do</strong> G.T.C.<br />

era enorme. Então, procuramos reverter essa renda<br />

em benefício <strong>do</strong>s indivíduos, aplican<strong>do</strong>-a nas áreas<br />

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culturais. Levamos a idéia aos coopera<strong>do</strong>s e a<br />

gran<strong>de</strong> maioria concordaram. Alguns discordaram,<br />

mas eu an<strong>de</strong>i <strong>de</strong> casa em casa convencen<strong>do</strong> essa<br />

gente. Seja como for, <strong>de</strong> 1946 a 47, um ano após a<br />

fundação, o G.T.C. ren<strong>de</strong>u $300:000.000 (trezentos<br />

contos <strong>de</strong> réis) e, no ano seguinte, $400:000.000<br />

e, em seguida $500:000.000! Tu<strong>do</strong> foi converti<strong>do</strong><br />

em benefício cultural à comunida<strong>de</strong>. Acho que em<br />

nenhum lugar houve coisa semelhante.<br />

SAITO - É verda<strong>de</strong>. Vim me instalar aqui <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> vocês, e fiquei emociona<strong>do</strong> com essa obra.<br />

Manter o progresso econômico e cultural<br />

simultaneamente era uma conquista e tanto!<br />

KAWAKAMI (Ta) - Falan<strong>do</strong> claro, Ibiúna possui<br />

aquele pensionato escolar, graças a renda <strong>do</strong> Grupo<br />

<strong>de</strong> Transporte Coletivo. Caso contrário, mesmo que<br />

tivesse um internato, seria um alojamento escolar<br />

bem menor.<br />

SAITO - Acho que sim.<br />

KAWAKAMI (Ta) - Claro que sim.<br />

SAITO - Realmente, quan<strong>do</strong> vim me instalar aqui,<br />

a base estava praticamente pronta. Aliás, eu <strong>de</strong>cidi<br />

me instalar aqui, porque aqui já havia um projeto<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>. Após ter procura<strong>do</strong> um local i<strong>de</strong>al, havia<br />

chega<strong>do</strong> a conclusão <strong>de</strong> que Ibiúna era o melhor<br />

lugar.<br />

KAWAKAMI (Ta) - Dentro da Cooperativa, nós<br />

fomos o primeiro a organizar o Grupo <strong>de</strong><br />

Transporte. Ibiúna é o número um. O estatuto<br />

padroniza<strong>do</strong> fomos nós que elaboramos e<br />

redigimos. Foi muito trabalhoso, porém funcionou<br />

bem e foi distribuí<strong>do</strong> como mo<strong>de</strong>lo a to<strong>do</strong>s os<br />

Grupos <strong>de</strong> Transportes.<br />

Des<strong>de</strong> o início, nunca tivemos déficit. Sempre<br />

tivemos lucros. Como naquela época ainda não<br />

tínhamos construí<strong>do</strong> o alojamento, os lucros foram<br />

aplica<strong>do</strong>s na aquisição <strong>de</strong> caminhões para<br />

transporte.<br />

Começamos com <strong>do</strong>is carros. Um era aquele

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