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História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

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ao Bunkyo. Por isso todas as entida<strong>de</strong>s estão in<strong>do</strong><br />

bem. Porém, o la<strong>do</strong> negativo que isso está causan<strong>do</strong><br />

é que a maioria das pessoas se acomodam <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>do</strong> ambiente nikkei e não procuram se entrosar na<br />

socieda<strong>de</strong> brasileira. Acho que é importante sair<br />

<strong>do</strong> ambiente nikkei e enfrentar também o mun<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> fora. Tanto a Associação <strong>do</strong>s Jovens, acho que<br />

o problema é a ida<strong>de</strong>. A ida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>sperta o<br />

interesse pela Associação tornou-se precoce. Não<br />

é como os nossos tempos. Os a<strong>do</strong>lescentes<br />

<strong>de</strong>spertam mais interesse pela associação aos 11,<br />

12 e 13 anos. Se não orientá-los até a ida<strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s pais, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tirar a carteira <strong>de</strong><br />

habilitação já é tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais porque eles vão para<br />

on<strong>de</strong> querem. Bem, há casos também <strong>de</strong> muitos<br />

que não vêm à Associação porque vão aos cursos<br />

superiores.<br />

GOISHI - Para a faixa etária <strong>de</strong> 12 a 13 anos, acho<br />

bom criar um movimento <strong>de</strong> escoteiro. Deve ser<br />

interessante.<br />

MURAYAMA - E o sr. Suetsugu, o que acha?<br />

SUETSUGU - Doravante <strong>de</strong>vemos ter instalações<br />

para "karaoke", "gate bali" e outras coisas para<br />

que to<strong>do</strong>s encontrem aquilo que quiser no Bunkyo;<br />

assim quem quiser vem procurar. O negócio é<br />

transformar o Bunkyo num lugar bastante atraente<br />

e enquanto houver colaboração <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, ele<br />

continuará existin<strong>do</strong>. Assim, po<strong>de</strong>remos convidar<br />

os brasileiros em geral, uma vez que eles<br />

concor<strong>de</strong>m com os princípios básicos da entida<strong>de</strong><br />

e queiram colaborar conosco.<br />

GOISHI - O que achei interessante entre todas as<br />

associações congregadas ao Bunkyo é a<br />

Associação <strong>do</strong>s Old-boys, que não se encontra em<br />

nenhum outro Bunkyo. É uma associação criada<br />

pelo sr. Sotokichi Saito que começou com os<br />

fotógrafos ama<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>pois se expandiu para<br />

esportes e até o já conheci<strong>do</strong> Festa <strong>de</strong> "Sukiyaki".<br />

Porém, esta Associação <strong>do</strong>s Old-boys também tem<br />

como problema, a falta <strong>de</strong> elementos para dar<br />

continuida<strong>de</strong> à entida<strong>de</strong>.<br />

121<br />

SHIMIZU - Outro dia estávamos conversan<strong>do</strong> na<br />

casa <strong>do</strong> sr. Miyaji que, logo após eu ter me instala<strong>do</strong><br />

aqui em Ibiúna, vieram me convidar para ingressar<br />

na Associação <strong>do</strong>s Jovens. Naquela época, a<br />

Associação estava em plena ativida<strong>de</strong>, mas logo<br />

começou a <strong>de</strong>cair ao extremo. Há uns três anos, o<br />

sr. Takeshi Saito vem procuran<strong>do</strong> reunir os jovens<br />

e incentivá-los a reerguer a Associação. Isso é<br />

muito importante. É como o sr. Suetsugu disse, o<br />

negócio é criar vários entretenimentos e atrair os<br />

jovens.<br />

SAITO - É como um monge budista disse. O<br />

importante é criar algo em forma, on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s<br />

possam entrar e sair livremente, on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s sintam<br />

alegria, on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s possam se reunir, on<strong>de</strong> os<br />

brasileiros em geral também possam entrar e<br />

aproveitar. Os nikkeis não <strong>de</strong>vem ficar isola<strong>do</strong>s.<br />

Porém, atualmente, parece-me que os sócios ainda<br />

sentem uma certa rejeição em admitir sócios<br />

brasileiros. Não acham?<br />

SUMIYA - Não querer <strong>de</strong>safiar o mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> fora<br />

está na forma da educação que receberam até agora<br />

e a situação dava o luxo <strong>de</strong> viver tranca<strong>do</strong> apenas<br />

<strong>de</strong>ntro da colônia japonesa. Doravante to<strong>do</strong>s estão<br />

se assimilan<strong>do</strong> à socieda<strong>de</strong> brasileira, portanto,<br />

acho que vai se realizan<strong>do</strong> aquilo que o sr. Saito<br />

acabou <strong>de</strong> expor.<br />

GOISHI - Essa questão <strong>de</strong> achar que é mais<br />

confortável estar <strong>de</strong>ntro da colônia japonesa é<br />

argumento <strong>do</strong>s isseis. Não <strong>de</strong>vemos esquecer <strong>de</strong><br />

que os nisseis e sansseis são brasileiros. Partin<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>ste princípio, o nosso <strong>de</strong>ver agora é como fazer<br />

para que eles <strong>de</strong>spertem mais interesse pela cultura<br />

japonesa.<br />

MURAYAMA - Agora, vamos abordar sobre as<br />

conseqüências que os "<strong>de</strong>kassegui" estão causan<strong>do</strong><br />

à nossa comunida<strong>de</strong>.<br />

SUETSUGU - Por sorte, no caso <strong>de</strong> Ibiúna, não<br />

houve muita conseqüência. Ouvi dizer que, em

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