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História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

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"BON-ODORI"<br />

O 1° "Bon-o<strong>do</strong>ri" foi realiza<strong>do</strong> na<br />

ocasião <strong>do</strong> 25° aniversário <strong>do</strong> Centro Cultural, no<br />

dia 30 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1973, cuja realização se<br />

tornou um evento anual da socieda<strong>de</strong>; em 1997,<br />

realizou-se o 25° "Bon-o<strong>do</strong>ri" (O "bon-o<strong>do</strong>ri" tem<br />

sua origem na crença popular budista; segun<strong>do</strong> esta<br />

crença, os espíritos <strong>do</strong>s faleci<strong>do</strong>s retornam aos seus<br />

lares, anualmente no dia 15 <strong>de</strong> julho, a fim <strong>de</strong><br />

passarem momentos sau<strong>do</strong>sos junto aos familiares.<br />

Por isso, as famílias preparam oferendas e servemlhes<br />

comidas e bebidas para alegrar os hóspe<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> transcen<strong>de</strong>ntal. E, na hora da <strong>de</strong>spedida,<br />

para que os espíritos não retornem tristes ao mun<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> origem, os familiares criam um ar festivo,<br />

cantan<strong>do</strong> e dançan<strong>do</strong> o "bon-o<strong>do</strong>ri").<br />

0 1° "bon-o<strong>do</strong>ri" realiza<strong>do</strong> no dia 30<br />

<strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1973, segun<strong>do</strong> um <strong>do</strong>cumento da<br />

época, foi encabeça<strong>do</strong> pelo sr. Shukei Hokari.<br />

Como era a primeira vez, tiveram que pedir<br />

empresta<strong>do</strong>, a sub-se<strong>de</strong> da Associação <strong>do</strong>s<br />

Fukushima-kenjins <strong>de</strong> Pieda<strong>de</strong>, o gran<strong>de</strong> tambor<br />

especial para "bon-o<strong>do</strong>ri", a torre on<strong>de</strong> se toca o<br />

tambor e as lanternas para alegrar o ambiente.<br />

Solicitaram também a participação <strong>do</strong>s cantores<br />

da Associação Pró Conservação <strong>do</strong>s Cantos<br />

Folclóricos Japoneses (Minyo-hozon-kai) <strong>de</strong> S.<br />

Paulo; da região <strong>de</strong> Pieda<strong>de</strong> participaram também<br />

30 experientes dançarinas da Associação das<br />

Senhoras e mais 10 outras senhoras da Associação<br />

<strong>do</strong>s Fukushima-kenjins.<br />

Naquele evento, as senhoras <strong>de</strong> Ibiúna<br />

montaram uma barraca <strong>de</strong> "u<strong>do</strong>n" que se tornou<br />

tão famoso e, hoje, e indispensável ao "bon-o<strong>do</strong>ri"<br />

<strong>de</strong> Ibiúna, chegan<strong>do</strong> a ven<strong>de</strong>r mais <strong>de</strong> 1.200<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> "u<strong>do</strong>n" numa só noite.<br />

No ano seguinte, 1974, foi<br />

encomenda<strong>do</strong> a torre ao marceneiro da Granja<br />

Saito. Porém, o gran<strong>de</strong> e o pequeno tambores<br />

tiveram que pedir empresta<strong>do</strong> os da Associação<br />

<strong>do</strong>s Kagoshima-kenjins local para po<strong>de</strong>rem realizar<br />

o evento. Todavia, quan<strong>do</strong> esta Associação<br />

construiu a sua se<strong>de</strong> própria, tiveram que <strong>de</strong>volver<br />

os instrumentos que vinham sen<strong>do</strong> conserva<strong>do</strong>s<br />

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pelos encarrega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> "bon-o<strong>do</strong>ri" <strong>de</strong> Ibiúna.<br />

Entretanto, para incentivar os correlaciona<strong>do</strong>s, em<br />

1983 os srs. Shigueteru Nishioka e Kazuhiko<br />

Maeda <strong>do</strong>aram um gran<strong>de</strong> tambor; leva<strong>do</strong> pelo<br />

entusiasmo, <strong>de</strong>sta vez, o sr. Hiroyuki Takagui <strong>do</strong>ou<br />

o pequeno tambor e, posteriormente, o sr.<br />

Shiguemassa Saito contribuiu com as bases <strong>do</strong>s<br />

tambores, completan<strong>do</strong> assim os instrumentos<br />

básicos para o "bon-o<strong>do</strong>ri". Dez anos <strong>de</strong>pois, em<br />

1984, o município <strong>de</strong> Kushima, província <strong>de</strong><br />

Miyazaki, Japão, <strong>do</strong>ou um jogo completo <strong>de</strong><br />

tambores, renovan<strong>do</strong> assim os instrumentos<br />

indispensáveis ao evento <strong>do</strong> "bon-o<strong>do</strong>ri".<br />

Nas ocasiões <strong>do</strong> "bon-o<strong>do</strong>ri" <strong>de</strong> Ibiúna,<br />

muitos membros da Minyo-hozon-kai <strong>de</strong> S. Paulo<br />

eram convida<strong>do</strong>s; o sr. Shossaburo Mogui com sua<br />

flauta, a sra. Mi<strong>do</strong>ri Urayama e outros membros<br />

com seus cânticos folclóricos que enchiam <strong>de</strong><br />

nostalgia os corações <strong>do</strong>s velhos imigrantes e<br />

<strong>de</strong>spertavam um alento maternal nos corações <strong>do</strong>s<br />

jovens. Como cantora da região, <strong>de</strong>stacou-se a sra.<br />

Rie Tanaka que, após o seu matrimônio, mu<strong>do</strong>u-se<br />

para o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais. Portanto, a sra.<br />

Mi<strong>do</strong>ri Urayama <strong>de</strong> S. Paulo continuou sen<strong>do</strong><br />

solicitada para li<strong>de</strong>rar a cantoria nas ocasiões <strong>do</strong><br />

"bon-o<strong>do</strong>ri" <strong>de</strong> Ibiúna; isso, continuou atá 1994.<br />

Em 1995, as estudantes formadas pelo<br />

estabelecimento <strong>de</strong> ensino <strong>do</strong> Centro Cultural <strong>de</strong><br />

Ibiúna, começaram a se <strong>de</strong>stacar também como<br />

cantoras <strong>de</strong> canções folclóricas japonesas. As atuais<br />

professoras <strong>de</strong> língua japonesa, srtas. Michiko<br />

Sumiya e Eliana Ozaki, as srtas. Luciana Ozaki e<br />

Satomi Ozaki, (funcionária <strong>do</strong> estabelecimento),<br />

vem fazen<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> sucesso nos eventos.<br />

Tanto aos toca<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tambores, até<br />

1975, estavam <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> totalmente da Minyohozon-kai<br />

<strong>de</strong> S. Paulo. Surgiu, então, opiniões <strong>de</strong><br />

que se ficar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong>s outros, o "bon-o<strong>do</strong>ri"<br />

<strong>de</strong> Ibiúna nãó terá sua continuida<strong>de</strong>. No intuito <strong>de</strong><br />

formar talentos locais, o sr. Hiroyuki Takagui<br />

assumiu a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rar os ensaios<br />

<strong>de</strong> tambores sob a orientação <strong>do</strong>s membros da<br />

Minyo-hozon-kai. Logo, o sr. Hachiro Fukutome<br />

e outros novos imigrantes que vieram no pós-guerra<br />

para o Brasil se a<strong>de</strong>riram aos toca<strong>do</strong>res e o

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