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História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

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SAITO - Os tempos mudaram. Entre os jovens<br />

pre<strong>do</strong>minam a opinião <strong>de</strong> que cada modalida<strong>de</strong><br />

esportiva <strong>de</strong>ve ser custeada somente pelas pessoas<br />

que a praticam.<br />

SUETSUGU - É o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> pensar. No caso da<br />

Festa <strong>de</strong> "Sushi", por exemplo, tem gente que diz:<br />

"Para que convocar tanta gente e ter tanto trabalho<br />

se a renda é tão pequena? Do que isso, é melhor<br />

arrecadar dinheiro <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os sócios e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

ter esse trabalho".<br />

MIYAJI - É porque não sabem a finalida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

evento. O importante é a relação humana. Reunir<br />

as pessoas para se <strong>de</strong>dicarem aos preparativos <strong>do</strong><br />

"sushi" e apreciar esse prato em companhia <strong>de</strong><br />

to<strong>do</strong>s. A questão não é ter gran<strong>de</strong> margem <strong>de</strong> lucro,<br />

ou ter pouco lucro. A finalida<strong>de</strong> da festa está em<br />

convidar os brasileiros em geral e manter o<br />

intercâmbio humano. A Festa <strong>de</strong> "Sushi" não visa<br />

a arrecadação <strong>de</strong> lucros, é uma festa.<br />

UENO - Mediante esses eventos é que a cultura<br />

vai sen<strong>do</strong> transmitida. Esses eventos são<br />

importantes, porque as pessoas que participam<br />

neles adquirem algo útil que trará benefício ao<br />

próprio indivíduo e à socieda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>.<br />

SUETSUGU - Isso! Quem enten<strong>de</strong> o que é cultura<br />

não tem problema. Acontece que tem pessoas que<br />

acham melhor evitar essas coisas trabalhosas.<br />

WATANABE - É bom dar continuida<strong>de</strong> na Festa<br />

<strong>de</strong> "Sushi". Mesmo que a margem <strong>de</strong> lucro seja<br />

pequena, acho que o la<strong>do</strong> espiritual vai sen<strong>do</strong><br />

cultiva<strong>do</strong>. O beneficio está aí.<br />

UENO - On<strong>de</strong> estão realizan<strong>do</strong> as reuniões <strong>de</strong><br />

bairro, tem força. Esses grupos compreen<strong>de</strong>m mais<br />

ou menos a situação <strong>do</strong> Bunkyo. A questão é, entre<br />

o total, quantos porcentos estão contra o projeto.<br />

Devemos, naturalmente, consi<strong>de</strong>rar a posição da<br />

minoria contra, porém, <strong>de</strong>vemos colaborar também<br />

com a maioria a favor.<br />

123<br />

SUETSUGU - Está certo. Aqueles que se usufruem<br />

<strong>do</strong> Bunkyo compreen<strong>de</strong>m. Acontece que, aqueles<br />

que se <strong>de</strong>sligam <strong>do</strong> Bunkyo <strong>de</strong>scem a lenha sobre<br />

a nossa entida<strong>de</strong>.<br />

SAITO - E, acontece que o Bunkyo é uma<br />

socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas com idéias variadas. Portanto,<br />

não po<strong>de</strong>mos julgar que esta idéia é a certa, aquela<br />

é a errada. Globalizar por inteiro é muito difícil,<br />

por isso acho melhor separar em seções. Por<br />

exemplo, separar o pensionato e transformá-lo em<br />

uma seção autônoma, como também, aqueles que<br />

praticam beisebol passam a administrar esse setor<br />

por conta própria. No caso <strong>de</strong> construir um campo<br />

<strong>de</strong> futebol, o Bunkyo dá apoio, entretanto, os<br />

interessa<strong>do</strong>s por essa modalida<strong>de</strong> esportiva <strong>de</strong>vem<br />

tomar iniciativa e se esforçarem para conseguir o<br />

objetivo. Porém, corre o risco <strong>do</strong> Bunkyo dispersar-<br />

se, por isso é necessário que haja um meio <strong>de</strong><br />

unificar essas seções em algum ponto.<br />

GOISHI - Se for administrar a entida<strong>de</strong> baseada<br />

no princípio japonês po<strong>de</strong>mos continuar como<br />

estamos manten<strong>do</strong> atualmente. Mas, a questão é<br />

que os nossos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes nasceram, cresceram<br />

e moram no Brasil. É natural que eles sejam mais<br />

individualistas, portanto, <strong>de</strong>vemos levar as opiniões<br />

<strong>de</strong>les também em consi<strong>de</strong>ração.<br />

MURAYAMA - Vamos falar a respeito da<br />

transição <strong>de</strong> gerações.<br />

SAITO - É uma realida<strong>de</strong> que não po<strong>de</strong>mos<br />

escapar. Mas, também não <strong>de</strong>vemos entregar tu<strong>do</strong><br />

aos nossos sucessores simplesmente dizen<strong>do</strong>: -<br />

"Agora vocês se virem porque vamos nos retirar."<br />

Ainda <strong>de</strong>vemos segurar uma ponta da<br />

responsabilida<strong>de</strong> sobre o futuro.<br />

GOISHI - Acho esta questão muito interessante.<br />

Porém, essa transição não <strong>de</strong>ve ser imposta <strong>do</strong>s<br />

isseis aos nisseis, porém <strong>de</strong> forma que os nisseis<br />

tomem iniciativa em querer herdar os valores <strong>do</strong>s<br />

pais. Acontece que, mesmo entre os japoneses, se<br />

houver <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> diferença na ida<strong>de</strong>, a maneira

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