História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

e outros trabalhos. Os professores elegeram os
melhores trabalhos e deram como prêmios tesoura,
formão de escultura, globo com mapa mundi,
dicionário e peças para caligrafia chinesa, de
acordo com o trabalho apresentado. Esta exposição
dos diplomandos foi realizado anualmente até
1970.
O primeiro diretor Akio Shimizu pediu
demissão, por questão de saúde em março de 1960.
Entretanto, como não havia um substituto
apropriado, pediram para que ele continuasse no
cargo um pouco mais. Assim, ele permaneceu até
a formatura de 15 de dezembro de 1961, ocupando
o cargo de diretor e de professor de japonês du­
rante 14 anos. Após se demitir, mudou para S.
Paulo onde tornou professor do Nihongo Fukyu
Center durante 7 anos. Após 1964, passou a ensinar
roketsuzome sobre peça de couro. Em 18 de junho
de 1978, na condecoração do 70° aniversário da
imigração japonesa no Brasil, de acordo com a
indicação do Centro Cultural de Ibiúna e outras
entidades foi concedida ao ex-diretor da escola
japonesa, Akio Shimizu, a medalha de honra ao
mérito (Kun-goto Kyokujitsu-sho), cujo festejo
comemorativo foi realizado no salão da sociedade,
organizado pelos ex-alunos do casal Shimizu
encabeçado pelos responsáveis: Issao Saito, Koichi
Muramatsu, Yossuke Ozaki, Shoichi Takafuji,
Kenji Sugahara e Sueyoshi Nakayama. O casal
Shimizu ainda mora em S. Paulo, forte e feliz.
Em abril de 1965, Luiza
Nishiyama,diplomada pelo mesmo internato, foi
admitida como professora de corte e costura.
No ano de 1966, como havia muita
solicitação dos pais, dos alunos que moravam
próximo do pensionato, para que permitissem
freqüentar a escola pela própria casa, o então
presidente da sociedade, Tsutomu Kawakami,
colocou o pedido na pauta da assembléia e foi
admitido por votação. Com isso, aproximadamente
20% dos alunos internos, passaram a freqüentar as
aulas pela própria casa. Assim, no decorrer dos
anos, com a melhora das condições das estradas e
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com o aumento de carros particulares, já em 1990
havia mais alunos que freqüentavam as aulas da
própria casa do que alunos do pensionato. No fim
de 1997, havia apenas 32 alunos internos e 92
alunos de fora; a tendência da diminuição de alunos
internos está se tornando cada vez mais acentuada.
A partir da década de 1970, houve o
aumento de crianças que vieram ao Brasil com
seus pais no após guerra. Além disso,com o
aumento dos filhos daqueles que se formaram nessa
mesma escola, a necessidade do conhecimento das
duas línguas (portuguesa e japonesa) tornou-se
imprescindível ao magistério da região. Portanto,
naquela ocasião, convidaram a Sachie Ootsubo
(Morioka), uma ex-aluna da escola do pensionato,
que estava lecionando num grupo escolar da cidade,
para lecionar durante meio período no pensionato.
Como ela dominava bem ambas as línguas, foi
muito útil principalmente aos imigrantes, recém-
chegados do Japão, na educação brasileira de seus
filhos. Foi a professora que iniciou o entrosamento
dos filhos dos novos imigrantes ao meio brasileiro,
portanto, foi a presença mais solicitada para
orientar e esclarecer as crianças japonesas da
região. Mesmo após casada, ela continuou
lecionando; mãe de dois filhos, hoje mora no
subúrbio de S. Paulo.
Em 1975, mediante a sugestão do diretor
Oonishi, foi abolido a designação de "formatura
da Escola de Curso Supletivo Agrícola", pois neste
curso não havia nenhuma aula referente a área
agrícola. Desde então, até 1988, passou a ser
denominada "formatura do 6 o ano primário" e "3 o
ano do curso ginasial da língua japonesa". Desta
forma, o diretor Oonishi estava empenhado na
causa da educação japonesa, porém, no dia 27 de
julho de 1976, foi internado por causa da doença
de câncer e veio a falecer no dia 31 desse mesmo
mês, no Hospital Matarazzo. Foi velado, na sede
do Centro Cultural, e enterrado no dia 1 o de agosto
no local onde avista o pensionato,conforme o
desejo do falecido; sua campa foi construído,
posteriormente, pelos alunos e pais.