13.04.2013 Views

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O DESENVOLVIMENTO DO CENTRO CULTURAL DE IBIÚNA<br />

A CONSTRUÇÃO DO PENSIONATO<br />

PARA ESTUDANTES<br />

No dia 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1945, o Japão<br />

ren<strong>de</strong>u-se incondicionalmente e, com isso, a<br />

Segunda Gran<strong>de</strong> Guerra chegou ao fim. Des<strong>de</strong><br />

então, os japoneses resi<strong>de</strong>ntes em Ibiúna também<br />

passaram a encarar o Brasil como a terra <strong>de</strong> sua<br />

permanência <strong>de</strong>finitiva. Com isso, surgiu o<br />

problema da educação <strong>de</strong> seus filhos.<br />

O primeiro passo era dar acesso aos<br />

filhos para po<strong>de</strong>rem freqüentar{escolas brasileiras<br />

e oferecer-lhes simultaneamente uma oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adquirirem conhecimentos da língua japonesa.<br />

Então, surgiu a idéia <strong>de</strong> construir um pensionato<br />

próximo à cida<strong>de</strong>. A idéia partiu <strong>do</strong> sr. Tamotsu<br />

Takadachi, conselheiro regional da C.A.C. e chefe<br />

<strong>do</strong> G.T.C. Após ter troca<strong>do</strong> idéias com os srs.<br />

Takashi Kawakami, Seiki Murakami e Tadashi<br />

Takakussa, ambos diretores <strong>do</strong> G.T.C, a idéia foi<br />

apresentada na reunião <strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong> grupo<br />

em setembro <strong>de</strong> 1946.<br />

Na colônia japonesa <strong>de</strong> Ibiúna, durante<br />

e após a guerra, o G.T.C. (Grupo <strong>de</strong> Transporte<br />

Coletivo para transportar produtos agrícolas) veio<br />

empenhan<strong>do</strong> o papel <strong>de</strong> meio para comunicações<br />

sociais e comerciais da Cooperativa Agrícola <strong>de</strong><br />

Cotia conforme esta socieda<strong>de</strong> havia traça<strong>do</strong>. Isso<br />

facilitou a comunicação e a integração <strong>do</strong>s<br />

componentes <strong>de</strong>sta colônia durante o perío<strong>do</strong><br />

conflitante da guerra.<br />

O dr. Hiroshi Saito mencionou na sua<br />

39<br />

obra o seguinte:<br />

Os funda<strong>do</strong>res da Cooperativa<br />

Agrícola <strong>de</strong> Cotia estabeleceram o estatuto <strong>de</strong> sua<br />

socieda<strong>de</strong> tal qual o <strong>de</strong> uma cooperativa <strong>de</strong> sua<br />

província natal <strong>do</strong> Japão; esta Cooperativa foi<br />

criada exatamente para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s<br />

associa<strong>do</strong>s como nas al<strong>de</strong>ias (mura) japonesas. Por<br />

isso, o número <strong>de</strong> associa<strong>do</strong>s teve um aumento<br />

expressivo e, ao passo que a região foi se<br />

progredin<strong>do</strong>, as al<strong>de</strong>ias também passaram a tomar<br />

uma característica semelhante as al<strong>de</strong>ias (muras)<br />

<strong>do</strong> Japão.<br />

Era uma forma da C.A.C. se expandir<br />

regionalmente e, ao mesmo tempo, um processo<br />

para que cada al<strong>de</strong>ia em si tornar in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

Quan<strong>do</strong> numa região o número <strong>de</strong> associa<strong>do</strong>s<br />

aumentava ao ponto <strong>de</strong> se tornar uma al<strong>de</strong>ia (mura),<br />

era <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> bairro (buraku) e cada bairro tinha<br />

um conselheiro <strong>de</strong>liberativo como representante<br />

(chamavam-no <strong>de</strong> "soncho", o magnata <strong>do</strong><br />

lugarejo) que por sua vez participava nas<br />

assembléias <strong>do</strong>s Conselheiros Deliberativos da<br />

C.A.C. (O novo Brasil <strong>do</strong> dr. Hiroshi Saito).]<br />

Na ocasião, o número <strong>de</strong> famílias<br />

japonesas estabelecidas em Ibiúna era<br />

aproximadamente 110 famílias e, entre elas, mais<br />

<strong>de</strong> 85 famílias foram consultadas, pela diretoria<br />

<strong>do</strong> G.T.C, a respeito da construção <strong>do</strong> pensionato.<br />

Todavia, o problema era conseguir um terreno<br />

apropria<strong>do</strong>. Após trocas <strong>de</strong> idéias, os srs. Takashi<br />

Kawakami, Eiichi Yuri e Tamotsu Takadachi<br />

chegaram a conclusão <strong>de</strong> que o melhor meio era<br />

solicitar à C.A.C. para adquirir um terreno e o<br />

ce<strong>de</strong>sse em caráter <strong>de</strong> empréstimo permanente,<br />

para a construção <strong>do</strong> edifício; a solicitação foi

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!