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História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

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Mayumi Saito<br />

Um ano e três meses se passaram, após a minha participação na embaixada<br />

infantil <strong>de</strong> boa vizinhança ao Japão. Agora, <strong>de</strong> vez enquan<strong>do</strong>, eu retiro as inúmeras fotos<br />

<strong>de</strong> recordações e os cartões postais <strong>do</strong>s lugares pitorescos <strong>do</strong> Japão, fico absolta lembran<strong>do</strong><br />

os momentos sau<strong>do</strong>sos que passei na terra <strong>de</strong> meus ancenstrais.<br />

Como nunca havia imagina<strong>do</strong> que um dia iria visitar o Japão, quan<strong>do</strong> fui indicada<br />

como uma das participantes da comitiva, agra<strong>de</strong>ci o apoio que meus pais me <strong>de</strong>ram para<br />

conseguir essa oportunida<strong>de</strong> maravilhosa.<br />

Embora o Japão fosse a terra <strong>de</strong> meus pais, senti como se fosse viajar a um país<br />

estrangeiro. Antes <strong>de</strong> partirmos, os professores contaram-nos sobre o progresso <strong>do</strong> Japão<br />

e nos livros e revistas que tínhamos li<strong>do</strong> haviam muitas informações a respeito da<br />

prosperida<strong>de</strong> japonesa. Porém, para mim tu<strong>do</strong> isso não passava apenas <strong>de</strong> histórias e<br />

conhecimentos gerais.<br />

De fato, o Japão que eu vi e conheci era um país <strong>de</strong> uma economia bem avançada,<br />

com um nível cultural alto e o povo tinha um padrão <strong>de</strong> vida muito eleva<strong>do</strong>.<br />

Eu viajei pela primeira vez ao exterior e o primeiro contato com a cultura<br />

estrangeira foi com o da terra <strong>de</strong> meus pais.<br />

Vi, no Museu da Bomba-atômica <strong>de</strong> Nagasaki, as fotos e os bonecos retratan<strong>do</strong><br />

a trágica e tétrica recordação daquela bomba e pu<strong>de</strong> sentir o quanto foi horrível o sofrimento<br />

da guerra.Ven<strong>do</strong> essas <strong>do</strong>lorosas marcas cruéis <strong>de</strong>ixadas pela bomba-atômica, senti a<br />

presença da vitalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> esforço e da perseverança <strong>do</strong> povo japonês que, trinta e poucos<br />

anos após ter sofri<strong>do</strong> a <strong>de</strong>rrota da Segunda Guerra Mundial, já havia se recupera<strong>do</strong> e<br />

estava ruman<strong>do</strong> ao progresso.<br />

Felizmente, nunca tive a experiência da guerra, porém, senti o quanto é pavoroso<br />

uma guerra. Sei que a guerra é uma mortanda<strong>de</strong> impie<strong>do</strong>sa travada entre os homens, ten<strong>do</strong><br />

como objetivo satisfazer apenas a ganâcia e a ambição <strong>de</strong> alguns indivíduos ou <strong>de</strong> um<br />

povo.<br />

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