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História do Desenvolvimento Da Colônia Nipo Brasileira de

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KAWAKAMI (Ta) - É Cotia, sim. Caucáia, n° 4,<br />

Vargem Gran<strong>de</strong>, n° 5 e Ibiúna, n° 6. Esta or<strong>de</strong>m foi<br />

o seu Oohira quem estabeleceu mais tar<strong>de</strong>.<br />

HIROTA - Pieda<strong>de</strong> é o n° 7.<br />

KAWAKAMI (Ta) - O Grupo <strong>do</strong> Jaguaré foi<br />

organiza<strong>do</strong> bem mais tar<strong>de</strong>. Antes havia um grupo<br />

administra<strong>do</strong> pelo sr. Azuma, mas durou apenas<br />

um ano.<br />

MIYAJI - Nos tempo <strong>de</strong> sr. Kawakami, o <strong>de</strong> Ibiúna<br />

era n° 5. Depois é que passamos para o n° 6.<br />

KAWAKAMI (Ta) - É o número da época <strong>de</strong><br />

fundação.<br />

MIYAJI - Agora não tem nada a ver.<br />

KAWAKAMI (Ta) - Como foi difícil criar o<br />

G.T.C. <strong>de</strong> Ibiúna. Era reunião e mais reunião até o<br />

galo cantar.<br />

HIROTA - Naquela ocasião, havia muitos<br />

problemas, né.<br />

KAWAKAMI (Ta) - É verda<strong>de</strong>. Era proibi<strong>do</strong><br />

falar em japonês.<br />

HIROTA - Quem se encarregou <strong>do</strong> G.T.C. no<br />

começo foi o sr. Oohira. Na ocasião, sr. Tokui Sato,<br />

irmão <strong>do</strong> prof. Nempuku Sato que fazia "haiku",<br />

era o encarrega<strong>do</strong> <strong>do</strong> escritório. Até então, os<br />

caminhões ficavam na central e <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o<br />

pedi<strong>do</strong> era envia<strong>do</strong> aos locais das cargas. Havia<br />

coleta periódica e conforme a solicitação<br />

aumentava o número <strong>de</strong> carro. Porém, tinha muitos<br />

problemas como sr. Kawakami falou, o<br />

combustível, as comunicações em japonês que<br />

estavam proibi<strong>do</strong>s. Além disso, o maior problema<br />

era a questão econômica. Enviar carro da central<br />

era um problema. Os coopera<strong>do</strong>s não queriam saber<br />

se a sua estrada estava em péssimas condições.<br />

Queriam que o caminhão viesse carregar o seu<br />

produto custe o que custar. Por exemplo, no caso<br />

140<br />

<strong>de</strong> Jaguaré, para aten<strong>de</strong>r aquela região, os pneus<br />

viravam um trapo. No caso <strong>de</strong> Suzano, mesmo com<br />

as correntes, o carro patinava tanto a ponto <strong>de</strong> torcer<br />

os eixos das rodas. Então levantou-se a questão <strong>de</strong><br />

conscientizar os coopera<strong>do</strong>s. Para isso, resolveram<br />

criar um Grupo <strong>de</strong> Transporte Coletivo em cada<br />

região, para que cada qual se responsabilizassem<br />

<strong>do</strong> próprio meio <strong>de</strong> transporte, cuidan<strong>do</strong> das<br />

estradas, <strong>do</strong>s veículos <strong>de</strong> transporte e da<br />

administração.<br />

SAITO - O sistema <strong>de</strong> auto-suficiência, né.<br />

HIROTA - Desta forma surgiu os G.T.C. e com<br />

sua expansão como no caso <strong>de</strong> Ibiúna, chegou até<br />

a criar pensionato escolar. Porém, como <strong>de</strong>monstra<br />

a sigla, o objetivo era o transporte das merca<strong>do</strong>rias.<br />

KAWAKAMI (Ta) - Com a guerra, a gasolina<br />

passou a ser racionalizada. Acho que a quota por<br />

caminhão era <strong>de</strong> 45 litros. Para receber essa quota<br />

tinha que apresentar um <strong>do</strong>cumento assina<strong>do</strong> pelo<br />

prefeito local e ir até São Paulo, atrás da praça<br />

Ramos <strong>de</strong> Azeve<strong>do</strong>. Era ali que controlava to<strong>do</strong> o<br />

combustível <strong>de</strong> São Paulo. Tinha fila enorme e<br />

levava três a quatro dias para receber a quota. Além<br />

disso, para ir até São Paulo, precisava estar muni<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> um salvo-conduto que a gente requeria na<br />

<strong>de</strong>legacia. Ficávamos na fila <strong>de</strong> espera horas e<br />

horas. Não podíamos sair para almoçar e tínhamos<br />

que contentar com uns pastéis, ou um sanduíche <strong>de</strong><br />

ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res ambulantes. Senti que não agüentaria<br />

continuar enfrentan<strong>do</strong> essa fila, quase to<strong>do</strong>s os dias.<br />

Então, resolvi arrumar um jeitinho. Fui falar com o<br />

prefeito João Carlos e salientei que se tratava em<br />

transportar alimentos à população <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Ele disse que iria dar um jeito e man<strong>do</strong>u-me fazer<br />

um levantamento <strong>do</strong>s produtos que estávamos<br />

fornecen<strong>do</strong> para São Paulo. Pedi ao chefe <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>pósito fazer a lista e fui até a central. Encontrei o<br />

Dr. Ferraz e mostrei a lista. Ele também achou que<br />

vir to<strong>do</strong>s os dias até São Paulo era sacrifício <strong>de</strong>mais.<br />

Levei o Dr. Ferraz para conversar com o prefeito<br />

João Carlos. João Carlos estava confiante <strong>de</strong> que<br />

iria conseguir solucionar o caso. Porém, não<br />

chegava a uma conclusão. Então, percebi que era<br />

necessário mandar um presente ao sr. Osval<strong>do</strong>, que

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