OS FALARES FRONTEIRIÇOS DE OLIVENÇA E ... - Além Guadiana
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(idêia/idêa), existem outros em que parece escutar-se um i muito relaxado<br />
ao ponto de ser difícil considerar se ele existe ou não. Nesses casos mais<br />
duvidosos, optei por escrever um (i) entre parênteses.<br />
Aliás, em geral, quando qualquer som se produzir muito<br />
relaxado ou dificilmente perceptível, transcrevo entre parênteses: p(a)ra,<br />
ma(s), idê(i)a, mê(u), etc.<br />
No caso do ditongo eu, represento por ê quando a redução é<br />
total. Quando a redução não é total é normal existir uma semivogal w muito<br />
relaxada. Pareceu-me mais prático manter neste caso a grafia eu<br />
assinalando, caso seja necessário, a sua pronúncia relaxada: e(u).<br />
Também represento por ê naqueles casos em que o timbre<br />
fechado da vogal difere do português padrão: tênho, vêjo, espêlho...<br />
5.-E, quanto aos ditongos nasais, represento a redução do<br />
ditongo ão em ã ou em õ, quando tem lugar (nã, devoçã, nõ). Mesmo<br />
quando esse ditongo é grafado como –am (falã, falõ, davõ, puserõ)<br />
A redução do ditongo –em em -ẽ é assim representada (tamẽ,<br />
nenguẽ, comẽ, ẽ, homẽ). Caso subsista o ditongo, faz-se assim constar ẽĩ<br />
ou, se o segundo elemento vocálico for muito relaxado ou difícil de<br />
perceber, assim: ẽ(ĩ).<br />
Analogamente representei com til de nasalidade uma vogal<br />
nasalizada de forma mais intensa ou diferente do padrão: Espãnha, (em<br />
padrão Espanha)<br />
6.- No que ao ditongo ou diz respeito, represento por ô por ela<br />
ser a única pronúncia que apresenta, em consonância, neste ponto, com o<br />
português padrão.<br />
7.-O e paragógico foi sempre representado, por também se<br />
afastar do português padrão: levare, falare, quale, fazeri, comeri...<br />
Para além disso, quanto à pronúncia do e final, (noiti,<br />
muyeri/noite, muyere), não é fácil distinguir entre um e que soa muito<br />
fechado e um i. Optei por, nestes casos, transcrever sempre como e, e só<br />
fazê-lo como i quando claramente se ouvia este som. Em todo o caso, devo<br />
dizer que este e final, quer paragógico (muyere) quer não (noite), soa (mais<br />
frequentemente em Olivença do que em Campo Maior) muito próximo<br />
dum i e nem sempre é fácil determinar quando é um ou outro som, dada a<br />
proximidade da zona de articulação de ambas as vogais; assim mesmo,<br />
nunca detectei a pronúncia padrão do e relaxado típico do padrão de Lisboa<br />
(vogal central, palatal, fechada)<br />
8.-Representei também as alterações no timbre das vogais que<br />
se afastam do português padrão: siguinte, pidiu, dibia, porqui..., mesmo no<br />
caso da conjunção copulativa e que coincide neste caso com o padrão.<br />
9.-No caso da aspiração de s implosivo, só representei por h<br />
quando a aspiração era muito clara. Porque normalmente, em Olivença,<br />
mas também às vezes em Campo Maior, existe uma certa relaxação de s<br />
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