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OS FALARES FRONTEIRIÇOS DE OLIVENÇA E ... - Além Guadiana

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les<br />

2.-Substantivo<br />

Formação dos plurais dos substantivos acabados em –l em –<br />

Leite de Vasconcelos registou o fenómeno em dois pontos:<br />

Tolosa (Nisa) e Grândola, em palavras como caracoles, currales, funiles.<br />

Também Maria de Fátima Rezende F. Matias regista o fenómeno na zona<br />

de Olivença, bem como em Juromenha.<br />

Nem em Olivença nem em Campo Maior registei este traço<br />

nem lembro ter escutado nunca esta formação dos plurais. Porém, não é<br />

estranho que, por influência espanhola, especialmente na zona de Olivença,<br />

possam ocorrer estas terminações. Provavelmente possam ouvir-se em<br />

palavras espanholizadas ou de origem não patrimonial.<br />

Formação de plurais dos substantivos acabados em –ão<br />

Leite de Vasconcelos registou em Tolosa (Nisa) plurais em –<br />

õs quando masculinos, e em –ãs quando femininos. São casos como<br />

coraçõs, limõs, portõs.<br />

Também não ocorreu este traço nos meus informantes em<br />

Olivença nem em Campo Maior.<br />

Apenas, em Olivença, lembro-me de ter escutado casos de<br />

extensão analógica do plural –ões para terminações em que<br />

etimologicamente não corresponde, concretamente no caso da palavra<br />

irmões 25 ; porém, não foram registados nas gravações. Maria de Fátima<br />

Rezende F. Matias aponta o caso de capitões, corrimões, cristões, ermões<br />

para Olivença.<br />

Conservação do n intervocálico<br />

Traço registado por Leite de Vasconcelos em povoações como<br />

Alandroal, Alcácer do Sal, Castro Verde, Mértola, especialmente em<br />

diminutivos, em casos como canito, fêjanito, manita, maçaneira,<br />

maçanita...<br />

Não o registei nos meus informantes oliventinos.<br />

No caso de Campo Maior apenas aparece no caso da palavra<br />

ganadêro (E), caso claro de castelhanismo.<br />

Diminutivos em –ito<br />

Leite de Vasconcelos referiu este fenómeno nas povoações de<br />

Alandroal, Alcácer do Sal, Castro Verde e Mértola, ocorrendo em casos<br />

como botanito, fêjanita, manito, canito.<br />

Apenas registei tal fenómeno numa ocasião, em Olivença,<br />

provavelmente por espanholismo:<br />

- Anita tem tido agayas pa trabayare (A2)<br />

Em Campo Maior aparece algum caso:<br />

- A cantarẽ as saias, cõ as bandêritas(F)<br />

25 No próprio português padrão ocorrem casos parecidos, com dupla possibilidade: verãos/verões,<br />

guardiães/guardiões, etc.<br />

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