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OS FALARES FRONTEIRIÇOS DE OLIVENÇA E ... - Além Guadiana

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Só tenho exemplos da informante oliventina A2, em que não<br />

ocorre esta variante, mas a forma padrão:<br />

-senhor Zéi! Dê-nos lombo!(A2)<br />

-Nã quer’ qu’o dia d’amanhẽ me dê nas narizes(A2)<br />

Andar<br />

Andive, andiveste...: Leite de Vasconcelos registou estas<br />

formas em Alandroal. Maria de Fátima Rezende F. Matias considera-as<br />

próprias das gerações mais velhas na zona estudada.<br />

Não lembro ter escutado estas variantes não regulares do<br />

verbo andar 31 em Olivença; em Campo Maior, porém, apareceu um<br />

exemplo na informante G:<br />

-Ê andive descalça até os dez anos...andive descalça...(G)<br />

Ir<br />

Vom: forma que Vasconcelos regista em Salvada (Beja), S.<br />

Bartolomeu, Via Glória e Almodôvar. Maria de Fátima Rezende F. Matias<br />

não a regista.<br />

Nos meus informantes sempre vô:<br />

-que me vô a casare cõ um moço...(3-B)<br />

Vas: Rezende F. Matias refere-a como própria da linguagem<br />

popular, como vaya, vayas, vaya...<br />

Registada, em Olivença, na informante A2.:<br />

-vas para casa sẽ ciare! (A2)<br />

Em Campo Maior, nos informantes G e H:<br />

- I el’ disse-me: vas(...) vas, aprendes i cêfas(G)<br />

-tã longe me va(i)s ficando (12-H)<br />

- Digo-l’ eu, pa’donde vas?(H)<br />

Inha, inhas...: Leite de Vasconcelos regista-a em Alandroal,<br />

Maria de Fátima Rezende F. Matias não a recolhe. Também não aparece<br />

em nenhum dos informantes de Olivença nem de Campo Maior 32 .<br />

-O dia que tu ias a Portugale...(2-C)<br />

-e senã ia à cama cõ um sapato (A2)<br />

-eu ia lá porque estava à frente dos pequenos i médios<br />

agricultores (E)<br />

-i depois ia pròs sacos (G)<br />

Vaya, vayas... 33 : forma pronunciada com yeísmo à<br />

extremenha, única conhecida pelos informantes oliventinos nas minhas<br />

gravações, e que Maria de Fátima Rezende F. Matias refere como próprias<br />

da linguagem popular sem especificar se apenas nas povoações espanholas<br />

ou, também, na zona portuguesa do seu estudo. Não ocorrem exemplos nos<br />

31 Cfr. Galego dialectal andive/anduve, andiveste(s)/andiveche(s)/anduveche(s)...<br />

32 Cfr. Galego dialectal iña, iñas, iña (na ortografia oficial) (Fernández Rei 1991: 97)<br />

33 Cfr. Galego vaia, vaias, vaia...<br />

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