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OS FALARES FRONTEIRIÇOS DE OLIVENÇA E ... - Além Guadiana

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Morfológicos: comuns, no essencial, com o português padrão,<br />

se bem que existam algumas peculiaridades no terreno da morfologia<br />

verbal, entre outras. Podemos salientar, essencialmente, as terminações em<br />

–õ/-ã das terceiras pessoas do plural dalguns tempos verbais (pretérito<br />

perfeito simples, pretérito imperfeito, presente indicativo na primeira<br />

conjugação...)<br />

Sintácticas: sem grandes diferenças com o português padrão,<br />

como já vimos, como o emprego de nunca em lugar de não, gerúndio<br />

flexionado ou as frases elípticas de tipo à de F (nem todos aqui<br />

constatados)<br />

b)Uma segunda camada, também comum às duas comarcas,<br />

consistente numa influência fronteiriça, do período 1297-1801<br />

(especialmente no final desse período, pois são traços modernos)<br />

São fundamentalmente traços fonéticos, que possivelmente<br />

sejam atribuíveis a esta época comum por serem fenómenos presentes nas<br />

duas povoações, pois que, doutra maneira, seria difícil explicar a sua<br />

presença em Campo Maior e, mesmo, noutras povoações fronteiriças da<br />

zona:<br />

-Confusão b/v.<br />

-Relaxação, por vezes, de –s final implosivo.<br />

-Deslateralização de lh (yeísmo)<br />

Traços estes todos relativamente recentes no castelhano das<br />

zonas limítrofes.<br />

-Sintacticamente, talvez, a construção ir/a/infinitivo (vou a<br />

falar)<br />

c)A terceira camada ou estrato é diferente em Olivença e em<br />

Campo Maior:<br />

1)Olivença:<br />

A maciça castelhanização que operou na fala portuguesa de<br />

Olivença desde 1801, especialmente desde a década de 40 e 50 do século<br />

XX até aos nossos dias e que incide:<br />

-Na fonética: uma intensificação dos traços comuns da<br />

segunda camada, o que se traduziria em:<br />

Maior número de confusões b/v<br />

Relaxação mais frequente e intensa, traduzida num maior<br />

número de casos em aspiração ou mesmo desaparição de –s final<br />

implosivo.<br />

Deslateralização de lh (yeísmo) mas com rehilamiento, à<br />

espanhola (de Badajoz)<br />

-No léxico, especialmente, com a penetração de inúmeros<br />

castelhanismos que atingem não apenas a objectos novos ou próprios de<br />

níveis elevados ou cultos da língua (administração, tecnologia,<br />

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