13.06.2013 Views

OS FALARES FRONTEIRIÇOS DE OLIVENÇA E ... - Além Guadiana

OS FALARES FRONTEIRIÇOS DE OLIVENÇA E ... - Além Guadiana

OS FALARES FRONTEIRIÇOS DE OLIVENÇA E ... - Além Guadiana

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

informantes de Campo Maior. É provavelmente um castelhanismo 34 , e<br />

Maria de Fátima Rezende F. Matias diz estarmos perante casos de<br />

interferência das formas espanholas.<br />

-para que bayas tranquilo i pises brando! (6-B)<br />

-i já quando se baya aproximando a hora (4-B)<br />

Ouvir<br />

Ôvisto: Maria de Fátima Rezende F. Matias considera este<br />

particípio corrente na linguagem popular portuguesa. Leite de Vasconcelos<br />

registara-a em Alandroal.<br />

Não aparece nas gravações nem ouvi nunca esta variante em<br />

Olivença<br />

Viver:<br />

Veve, veves...vevẽ: Maria de Fátima Rezende F. Matias<br />

recolhe na zona as formas com alternância vocálica vivo, véves, vévi,<br />

vivemos, vévem.<br />

O único exemplo em que ocorre esta variante é a frase<br />

pronunciada pela filha do informante B, que serve neste caso como<br />

testemunha, não só porque, apesar de ela ter estudado numa escola de<br />

línguas, o português que fala é em quase tudo o que se fala em S. Jorge de<br />

Alor, mas porque o facto de ser variante que se afasta do padrão português<br />

(em que não existe alternância vocálica) diz em favor da sua autenticidade:<br />

-Vévẽ do paro!(8-A2)<br />

Instruir<br />

Instruye: aparece castelhanizado na informante A2:<br />

-a televisión instruye munto!(A2)<br />

Vir<br />

Vêo: Recolhida nalguns casos em Olivença:<br />

-Vêo o Quini... vêo o ôtro piqueno e disse: (A2)<br />

-Vẽ: em Campo Maior:<br />

-Há pessoas que vẽ de munto longe (G)<br />

Trazer<br />

Truxe: Registada também por Maria de Fátima Rezende F.<br />

Matias, para além de trôxémos, trôvémos, trôguémos, trôxérõ, trôvérõ,<br />

trôguérõ 35 .<br />

Apenas num caso, em Olivença:<br />

-ê truxe uma virggen (A2)<br />

Dezer<br />

Em Olivença com frequência dizer passa para dezer,<br />

fenómeno de que falámos anteriormente. O mesmo acontece com as suas<br />

pessoas em que a vogal inicial é átona: dezia/d’zia, dezendo/d’zendo, etc 36<br />

34 Cfr. Espanhol vaya, vayas, vaya...<br />

35 Cfr. Galego falado: trougen, trougeche(s), trougo, trouguemos...<br />

36 Cfr Galego dialectal: decer. (Fernández Rei 1991: 93-95)<br />

55<br />

55

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!