o conceito de stato em maquiavel - Unioeste
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menciona que, <strong>em</strong> outras 16 ocorrências, o termo <strong>stato</strong> aparece associado a mais verbos que,<br />
também, suger<strong>em</strong> <strong>stato</strong> enquanto objeto e não sujeito da ação. Os verbos são: “ aggiungere<br />
(duas vezes)” (acrescentar), “assaltare” (atacar), “disarmare” (<strong>de</strong>sarmar), “guadagnare”<br />
(conquistar), “nuocere” (ferir), “occupare” (ocupar), “recuperare” (duas vezes) (recuperar),<br />
“posse<strong>de</strong>re” (possuir), “conce<strong>de</strong>re” (conce<strong>de</strong>r), “pigliare” (agarrar), “pren<strong>de</strong>re” (tomar),<br />
“riper<strong>de</strong>re” (per<strong>de</strong>r), “ren<strong>de</strong>rsi sicuro” in (tornar seguro nele), “sicuro rimanere”<br />
(permanecer seguro nele). Além <strong>de</strong>sses casos, há outros usos <strong>de</strong> associação <strong>em</strong> que o verbo,<br />
tomado unicamente <strong>em</strong> seu significado singular (como ocorre como o verbo salvar), não po<strong>de</strong><br />
ser consi<strong>de</strong>rado como exploratório, mas, quando consi<strong>de</strong>rado o contexto no qual tal verbo<br />
aparece, seu valor <strong>de</strong> uso é o mesmo dos verbos anteriores: “[...] freqüent<strong>em</strong>ente o verbo a<br />
que lo <strong>stato</strong> está imediatamente unido não é claramente exploratório, e apesar disso o sentido<br />
geral da argumentação está relacionado com lo <strong>stato</strong> <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista estritamente<br />
exploratório” (HEXTER, 1957, p. 123). Somados todos esses casos, Hexter diz ter chegado<br />
ao número total <strong>de</strong> 61 ocorrências. Por isso ele conclui que, <strong>em</strong><br />
[...] mais da meta<strong>de</strong> das ocorrências da palavra no Il principe: mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do<br />
t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> Il Principe, lo <strong>stato</strong> não faz nada; é passivo; é o objeto da ação, nunca<br />
sujeito ativo. Finalmente, a ação da qual lo <strong>stato</strong> é o objeto é quase s<strong>em</strong>pre o tipo<br />
que chamamos exploratório, que manipula e gerencia lo <strong>stato</strong> <strong>em</strong> benefício <strong>de</strong> qu<strong>em</strong><br />
está no controle ou quer estar no controle. (HEXTER, 1957, p. 122).<br />
Em mais da meta<strong>de</strong> do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que <strong>stato</strong> aparece <strong>em</strong> O Príncipe, o termo é<br />
associado a um verbo exploratório, segundo Hexter. Assim, <strong>de</strong> acordo com a análise do<br />
comentador, mais do que fixar uma conclusão sobre o significado do termo, <strong>de</strong>stas<br />
observações po<strong>de</strong>-se observar que, “[...] in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do que lo <strong>stato</strong> <strong>de</strong>signe (se <strong>de</strong> fato ele<br />
t<strong>em</strong> uma <strong>de</strong>notação precisa inequívoca ou não), ele funciona <strong>em</strong> Il Príncipe especialmente<br />
como objeto <strong>de</strong> exploração política” (HEXTER, 1957, p. 123). Em todos esses casos, o<br />
vocábulo <strong>stato</strong> r<strong>em</strong>eteria a um objeto que po<strong>de</strong> ser conquistado, mantido, perdido, entre<br />
outros. De acordo com o comentador, quando Maquiavel <strong>de</strong>clara que sua pretensão era <strong>de</strong><br />
conhecer a verità effettuale <strong>de</strong>lla cosa, o florentino estaria se referindo ao conhecimento das<br />
condições <strong>de</strong> exploração do príncipe com relação ao <strong>stato</strong>, se ele o t<strong>em</strong>, se o per<strong>de</strong>, se o<br />
mantém, e assim por diante. Essa conclusão leva o autor a pensar que, ao <strong>em</strong>pregar o termo<br />
<strong>stato</strong> <strong>em</strong> seus escritos, Maquiavel “[...] persistente e dominant<strong>em</strong>ente tinha <strong>em</strong> mente o<br />
comando político sobre os homens, e seu ângulo <strong>de</strong> visão foi a do príncipe <strong>em</strong> questão para<br />
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