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o conceito de stato em maquiavel - Unioeste

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(JELLINEK, 2004, p. 302). Isso aponta para o fato <strong>de</strong> que o indivíduo, no Estado Grego, tinha<br />

sua liberda<strong>de</strong> condicionada à capacida<strong>de</strong> para participar da elaboração das leis soberanas,<br />

mas, ao mesmo t<strong>em</strong>po, era totalmente dominado pelas leis. Diferent<strong>em</strong>ente do Estado<br />

Mo<strong>de</strong>rno, que reconhece o indivíduo como uma esfera in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, os indivíduos gregos<br />

tinham seu valor condicionado ao ser cidadão, não como hom<strong>em</strong> <strong>em</strong> si mesmo, enquanto<br />

pessoa. Em vista disso, Jellinek afirma que, “[...] como nota fundamental do Estado grego se<br />

assinala sua onipotência, o <strong>de</strong>samparo do indivíduo frente ao Estado. Aquele se dissolve<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste e não é tal senão pelo estado” (JELLINEK, 2004, p. 286).<br />

O Estado Romano é outra importante forma <strong>de</strong> organização política. Os comentadores<br />

analisam que Roma, no entanto, apesar do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>corrido e das gran<strong>de</strong>s conquistas, s<strong>em</strong>pre<br />

manteve as características básicas <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>-estado. Durante muitos séculos o povo tinha<br />

participação direta no governo, <strong>em</strong>bora, tal como no Estado grego, a noção <strong>de</strong> povo fosse<br />

bastante restrita. Uma das peculiarida<strong>de</strong>s do Estado Romano é a base familiar da organização.<br />

Como característica do Estado romano, Jellinek indica que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu início histórico,<br />

ele surge como “[...] um Estado perfeito dotado <strong>de</strong> competência para <strong>de</strong>cidir, o que não<br />

prece<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatos históricos ou jurídicos <strong>de</strong> nenhuma classe. Por isto, o Estado romano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

começo é unida<strong>de</strong> interior e geral” (JELLINEK, 2004, p. 303). No Estado romano não se t<strong>em</strong><br />

a divisão <strong>de</strong> órgãos com po<strong>de</strong>res soberanos, pois, nessa forma <strong>de</strong> organização, apenas um dos<br />

órgãos era possuidor do po<strong>de</strong>r estatal pleno. Segundo Jellinek, é no Estado romano que surge,<br />

no mundo oci<strong>de</strong>ntal, a personificação do po<strong>de</strong>r e dos po<strong>de</strong>res do Estado.<br />

Por último, passamos à analise acerca do Estado Medieval. Segundo Jellinek (2004, p.<br />

306), “[...] a história da Ida<strong>de</strong> Média principia com formações políticas rudimentares, que<br />

lentamente vão ascen<strong>de</strong>ndo até chegar a ser o que hoje <strong>de</strong>nominamos Estado <strong>em</strong> pleno sentido<br />

da palavra”. Embora esse período esteja marcado por diversos probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nações,<br />

como o fracionamento do po<strong>de</strong>r nas organizações políticas ou uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns<br />

jurídicas, entre outros, os pesquisadores observam que uma <strong>de</strong> suas principais características<br />

do medievo é a aspiração à unida<strong>de</strong>, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> se criar uma unida<strong>de</strong> política com um po<strong>de</strong>r<br />

aos mol<strong>de</strong>s do Estado Romano, mas que, ao mesmo t<strong>em</strong>po, aceitasse os indivíduos com um<br />

valor <strong>em</strong> sim mesmo.<br />

Durante a Ida<strong>de</strong> Média surg<strong>em</strong> fenômenos sociais <strong>de</strong>terminantes à caracterização da<br />

vida política. São eles: o cristianismo, as invasões bárbaras e o feudalismo. O Cristianismo<br />

aparece como a base <strong>de</strong> aspiração à universalida<strong>de</strong>, aspiração que, à medida que afirma a<br />

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