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o conceito de stato em maquiavel - Unioeste

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pensar e <strong>de</strong> justificar o aparecimento dos Estados é mais pertinente quando falamos <strong>de</strong><br />

associações mais antigas. Já as formas estatais cont<strong>em</strong>porâneas se originam, mais comumente,<br />

por <strong>de</strong>rivação. A formação <strong>de</strong>rivada po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong> diversas formas. Assim, entre as formas<br />

mais típicas, po<strong>de</strong>mos referir: o fracionamento <strong>de</strong> um Estado, processo <strong>em</strong> que uma parte <strong>de</strong><br />

seu território é <strong>de</strong>sm<strong>em</strong>brada, passando a constituir um novo Estado; o surgimento a partir da<br />

separação <strong>de</strong> uma parte do território <strong>de</strong> um Estado, caso <strong>em</strong> que o Estado terá sua extensão<br />

territorial e sua população diminuída, mas ainda existirá enquanto tal; o processo <strong>de</strong> união <strong>de</strong><br />

vários Estados, que passam a ser regidos por uma Constituição comum.<br />

2.2 CONCEPÇÕES HISTÓRICAS DE ESTADO<br />

Para compreen<strong>de</strong>r as relações sociais e políticas anteriores à concepção mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong><br />

Estado, analisar<strong>em</strong>os quatro formas <strong>de</strong> Estado: o Estado Antigo, o Estado Grego, o Estado<br />

Romano e o Estado Medieval.<br />

O Estado Antigo, também conhecido como oriental ou teocrático, é a expressão<br />

utilizada para <strong>de</strong>signar formas <strong>de</strong> Estado primitivas que se <strong>de</strong>finiram entre as antigas<br />

civilizações do Oriente ou do Mediterrâneo 38 . De acordo com Dallari, esse período é marcado<br />

por duas principais características: a natureza unitária e a religiosida<strong>de</strong>.<br />

A primeira característica r<strong>em</strong>ete ao fato <strong>de</strong> que não havia divisões interiores no<br />

Estado, n<strong>em</strong> territoriais n<strong>em</strong> <strong>de</strong> funções. Como a influência religiosa foi predominante nesse<br />

período, tanto a autorida<strong>de</strong> do governante quanto as normas <strong>de</strong> comportamento individual e<br />

coletivo eram tidos como expressões da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r divino. O caráter teocrático do<br />

Estado antigo é, <strong>de</strong> acordo com Jellinek (2004, p. 284) 39 , a expressão <strong>de</strong> diversas formas <strong>de</strong><br />

representações políticas, com um <strong>de</strong>terminado ponto <strong>em</strong> comum, <strong>em</strong> que todas essas<br />

representações significavam a relação entre o soberano do Estado e o po<strong>de</strong>r divino. Essa<br />

relação ocorria <strong>de</strong> dois modos fundamentais e distintos:<br />

[...] ou b<strong>em</strong> o soberano é representante do po<strong>de</strong>r divino e sua vonta<strong>de</strong> é s<strong>em</strong>elhante<br />

ao da divinda<strong>de</strong>, ou está limitado pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sta, que expressa sua vonta<strong>de</strong><br />

superior ao Estado mediante outros órgãos. Deste modo, a teocracia po<strong>de</strong> ter como<br />

38 De acordo com Dallari, no Estado Antigo não havia uma distinção do pensamento político com a religião,<br />

moral, filosofia e doutrinas econômicas, isso porque, nesse período, tais organizações formavam um conjunto<br />

confuso.<br />

39 Todas as referências a essa obra são traduções nossas.<br />

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