hiver - Historical Revisionism by Vrij Historisch Onderzoek
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——————————————————————> Conseils de révisions / <strong>hiver</strong> winter 2007<br />
Ainda antes de chegarmos à casa de hóspedes mostraram-me a torre Milad, a 4ª mais alta do mundo e<br />
a mais alta de todo o Médio Oriente, afirmou orgulhoso o meu guia. Faltariam quinze minutos para as<br />
7h da manhã quando finalmente cheguei aos meus aposentos, um amplo apartamento “T3” que iria<br />
dividir dias mais tarde com um conferencista oriundo da Indonésia. Como seria de esperar na Pérsia: o<br />
apartamento estava devidamente ornamentado com diversos tapetes.<br />
Cerimónia de Abertura<br />
Recebemos na véspera um convite do ministro-adjunto dos negócios estrangeiros, Dr.<br />
Mohammadi, para a cerimónia de abertura da conferência, na véspera do dia em que a mesma estava<br />
agendada. A cerimónia de abertura foi extremamente ligeira, recebemos as nossas credenciais,<br />
conversamos um pouco, o próprio Dr. Mohammadi inquiriu-me se estava tudo a meu gosto e se<br />
estavam a tratar-me bem na casa de hóspedes – fui o terceiro conferencista a chegar a Teerão, na<br />
madrugada de dia 8 – ao qual respondi afirmativamente e agradeci a sua atenção. Seguiu-se um<br />
pequeno discurso pelo próprio e um banquete com diversas iguarias e confraternização entre os<br />
conferencistas presentes<br />
A Conferência<br />
A cerimónia de abertura contou com a presença do Dr. Mottaki, ministro dos negócios<br />
estrangeiros, além da dos Dr. Mohammadi, ministro-adjunto, e Dr. Mousavi, director geral do Instituto<br />
de Estudos Políticos e Internacionais – entidade governamental que organizou esta conferência, o<br />
instituto é considerado a janela do regime de Teerão para o mundo. Ouvimos o hino da República<br />
Islâmica do Irão, seguiram-se algumas citações cantadas do Corão e, posteriormente, os discursos de<br />
inauguração oficializando a abertura da conferência.<br />
Ao todo discursaram mais de 60 oradores, lamento mas não irei entrar em detalhes sobre cada<br />
orador ou de resto não sobraria espaço para muito mais. Após as intervenções dos oradores seguia-se<br />
sempre uma sessão de perguntas e respostas que, a meu ver, acabou por se tornar na parte mais<br />
apelativa da conferência uma vez que pude testemunhar a capacidade de argumentação dos oradores,<br />
fossem eles a favor ou não da história oficial do Holocausto.<br />
Permitam-me realçar que, ao contrário do que ouvi – e que me levou a pensar se a conferência<br />
em que participei e a que tem vindo a ser relatada na comunicação social não ocorreram em planetas<br />
diferentes – o painel de participantes foi muito diverso e que ouvi um pouco de tudo, se o Holocausto<br />
terá acontecido, se aconteceu como o relatam, que aproveitamento tem sido feito por parte do Estado<br />
de Israel do mesmo, as similaridades entre o sionismo e o nazismo, houve o cuidado da organização<br />
em escolher um ponto de vista discordante por cada participante, ou seja, se determinado número de<br />
oradores dúvida do Holocausto temos que ter um número igual de oradores que defenda a tese oficial,<br />
daí me ter agradado principalmente as sessões de perguntas e respostas em que cada orador defendia a<br />
sua tese perante o público.<br />
Ao fim do dia recebemos um convite para um jantar de encerramento no Clube Diplomático por<br />
parte do Dr. Mottaki, ministro dos negócios estrangeiros.<br />
Surpresa<br />
Logo na primeira sessão da manhã foi-nos anunciado que o Dr. Ahmadinejad, presidente da<br />
República Islâmica do Irão, havia decidido receber após a primeira sessão da tarde, no palácio<br />
presidencial, todos os conferencistas. Uma surpresa inesperada mas que foi do agrado de todos os<br />
presentes. E assim foi, após a primeira sessão da tarde, na qual estava previsto participar um orador<br />
português, Nuno Rogeiro, que entretanto terá mudado de ideias sem notificar a organização a tempo<br />
de arranjarem um substituto – isto pelo que testemunhei lá, mas já tomei conhecimento da versão do<br />
próprio através da comunicação social depois da minha chegada, a qual prefiro nem comentar –<br />
seguimos em diversos autocarros para o palácio presidencial. À chegada fomos informados que não<br />
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