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Diversidade na educação : reflexões e experiências - Cereja

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9<br />

PREFÁCIO<br />

Estamos cientes da tradição, <strong>na</strong> <strong>educação</strong> brasileira, de<br />

implantação de políticas para a <strong>educação</strong> básica que se pretenderam<br />

universalistas e que visavam expandir a oferta de vagas. Questio<strong>na</strong>se,<br />

agora, se a escola produzida no bojo de uma pretensão universalista<br />

e homogeneizadora atende ao modelo de sociedade desejada. Esta deve<br />

caracterizar-se pelo respeito à diferença e por abrir a possibilidade de<br />

que segmentos sociais, grupos étnicos ou culturais realizem-se<br />

ple<strong>na</strong>mente.<br />

Os artigos e as <strong>experiências</strong> inovadoras compiladas neste livro<br />

são um importante instrumento para repensarmos o ensino médio em<br />

interlocução com outros atores no marco da assunção do Estado sobre<br />

o seu papel <strong>na</strong> promoção da igualdade. Encontramos, no presente livro,<br />

muito do acúmulo da discussão sobre política educacio<strong>na</strong>l inclusiva.<br />

Muitas propostas apresentadas referem-se à formação<br />

continuada de professoras e professores com o objetivo de<br />

redimensio<strong>na</strong>r a prática educativa, o que vem ao encontro das<br />

prioridades desta Secretaria. Outras dizem respeito a propostas de<br />

ação afirmativa, princípio de discrimi<strong>na</strong>ção positiva cujo debate está<br />

sendo amadurecido no seio da sociedade brasileira desde a III<br />

Conferência Mundial contra o Racismo, Discrimi<strong>na</strong>ção Racial,<br />

Xenofobia e Intolerância Correlata, de 2001.<br />

No artigo de Silva Júnior, encontramos um pouco da história<br />

de mobilização em torno da denúncia das diferenças de oportunidades<br />

entre brancos e não brancos, a descrição do momento em que a<br />

“repressão à discrimi<strong>na</strong>ção se afigurava insuficiente para garantir a<br />

igualdade” (pag. 16), quando se exige do Estado políticas<br />

compensatórias e de ação afirmativa. O autor coteja o consig<strong>na</strong>do <strong>na</strong><br />

legislação brasileira para mostrá-la como um instrumento para a<br />

consecução dos objetivos de eqüidade. Encontramos, também, no texto<br />

de Silvério, a discussão sobre ação afirmativa a partir das diferentes<br />

visões do pensamento social brasileiro sobre a questão racial.<br />

A história da mobilização social é tema, também, dos artigos<br />

de Marcos Tere<strong>na</strong> e de Fausto Macuxi. Eles contam sobre a conquista<br />

da <strong>educação</strong> escolar indíge<strong>na</strong> diferenciada e esclarecem sobre o<br />

contexto multiétnico abarcado pelo termo genérico índio. Em coro

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