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Diversidade na educação : reflexões e experiências - Cereja

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Estadual de Educação do Rio de Janeiro, que também se ocupa da seleção<br />

dos candidatos.<br />

b) A Universidade Federal Fluminense (UFF) também promove cursos similares,<br />

com o apoio da Fundação Ford, nos quais os professores da rede estadual<br />

recebem bolsa e material didático.<br />

c) O Centro de Estudos Afro-orientais (CEAO), da Universidade Federal da Bahia<br />

(UFBA), já oferece, no Mestrado de História, um curso de especialização em<br />

Educação e Desigualdades Raciais. Esse curso tem como fi<strong>na</strong>lidade fortalecer<br />

os professores de ensino médio no combate ao racismo <strong>na</strong> sala de aula, e ao<br />

mesmo tempo construir as bases para o início de um diálogo sobre o tema no<br />

interior da universidade. É também fi<strong>na</strong>nciado pela Fundação Ford, porém<br />

espera-se que ele se torne um curso da UFBA e não somente do CEAO.<br />

4. Na mesma linha de ampliação da formação dos estudantes brasileiros, o<br />

MEC deve desenvolver uma reflexão séria sobre o atual currículo dos cursos<br />

das nossas universidades, caracterizado por um eurocentrismo quase<br />

absoluto. Como nos casos anteriores, seria mais produtivo que nos<br />

baseássemos <strong>na</strong>s <strong>experiências</strong> já existentes, como é o caso do Centro de<br />

Estudos Afro-orientais da UFBA, que já promove cursos sobre História da<br />

África.<br />

Entendemos que após o acesso de estudantes negros através das cotas, o currículo<br />

da universidade brasileira não pode se manter o mesmo e os NEABs e outros centros de<br />

estudos equivalentes poderão desempenhar esse papel de ajudar a repensar o currículo<br />

eurocêntrico atual e propor um currículo que contemple de fato a nossa diversidade<br />

histórica, social, racial, étnica e cultural.<br />

III – Sobre a presença de estudantes negros no ensino médio<br />

1. Na formação de professores para a rede pública, é notória a ausência de<br />

informação qualificada sobre a questão racial no currículo dos cursos. Em<br />

algumas universidades, o tema aparece como discipli<strong>na</strong> seletiva, porém<br />

devemos contar com uma discipli<strong>na</strong> que trate dessa questão em todos os<br />

cursos de formação de professores, tomando em conta as várias dimensões<br />

da questão: o aspecto histórico, da construção do racismo no Brasil; o aspecto<br />

sociológico, do modelo de discrimi<strong>na</strong>ção racial específico que enfrentamos<br />

atualmente; o papel da intervenção didática em face da discrimi<strong>na</strong>ção racial;<br />

e a questão da identidade, que toca a dimensão psicológica do racismo. Todas<br />

essas dimensões devem ser trabalhadas simulataneamente para se chegar a<br />

uma transformação do ambiente escolar como um local de fato integrado<br />

racialmente e deveras aberto à diversidade. Podemos ressaltar aqui a<br />

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