14.04.2013 Views

Diversidade na educação : reflexões e experiências - Cereja

Diversidade na educação : reflexões e experiências - Cereja

Diversidade na educação : reflexões e experiências - Cereja

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

com Grupioni e Novantino P. de Ângelo, defendem: a participação<br />

efetiva dos povos indíge<strong>na</strong>s <strong>na</strong> construção das políticas educativas a<br />

eles dirigidas; o currículo escolar específico e diferenciado e a formação<br />

de professores indíge<strong>na</strong>s para a docência e para a gestão escolar. A<br />

<strong>educação</strong> escolar indíge<strong>na</strong> deve ser pautada pelos princípios da<br />

interculturalidade, do respeito à diversidade lingüística e do<br />

fortalecimento das práticas socioculturais e do projeto político futuro<br />

de cada povo.<br />

A discussão sobre o currículo também perpassa os artigos de<br />

intelectuais envolvidos com a presença da população e cultura negra<br />

<strong>na</strong> escola. Mattos propõe que a partir de uma nova configuração dos<br />

quadros interpretativos, encaminhemos um revisitar historiográfico e<br />

uma resignificação das sociabilidades não-hegemônicas. Isto para a<br />

interpretação das <strong>experiências</strong> negras no Brasil e para a inclusão do<br />

conhecimento sobre os valores civilizatórios e sobre o universo cultural<br />

afro-brasileiro no cotidiano escolar. Este autor traz a consciência de<br />

que não basta a inclusão da temática do negro e do índio nos currículos<br />

e livros escolares, mas que esta deve ser pautada por princípios que os<br />

façam emergir como sujeitos de sua história e, portanto, contra o<br />

discurso hegemônico de passividade e estereotipia que os construiu.<br />

Na mesma direção, Bandeira traz a discussão sobre a inclusão<br />

dos valores civilizatórios indíge<strong>na</strong>s e afro-brasileiros para uma<br />

<strong>educação</strong> que leve em conta o pluralismo, o respeito às diferenças e a<br />

integração das diversidades <strong>na</strong> escola. Seu artigo recupera<br />

comparativamente o lugar do negro e do índio <strong>na</strong> história e no<br />

imaginário <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, que se consubstanciam, inclusive, nos dois<br />

projetos políticos atuais que portam representantes dos movimentos<br />

negros e indíge<strong>na</strong>s.<br />

Este revisitar em torno de novos significados e sentidos que<br />

configuram identidades é recuperado nos textos de Mu<strong>na</strong>nga, Valente<br />

e Gomes. Eles trazem <strong>reflexões</strong> conceituais de fundo necessárias ao<br />

empreendimento crítico, seja político ou pedagógico. A partir da<br />

dinâmica de identidades e da contingência histórica de que os africanos<br />

tenham recebido, há um tempo, a identidade coletiva de “negros”,<br />

Mu<strong>na</strong>nga questio<strong>na</strong>-se sobre como combi<strong>na</strong>r princípios de igualdade<br />

10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!