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Diversidade na educação : reflexões e experiências - Cereja

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excluídas, de modo a promover, efetiva e definitivamente, um ambiente de diversidade<br />

<strong>na</strong>s nossas universidades, ainda tão escandalosamente brancas e elitizadas.<br />

II – Sobre os Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEABs)<br />

1. Como primeira tarefa, o coletivo de professores sugere que o Programa<br />

<strong>Diversidade</strong> <strong>na</strong> Universidade promova um mapeamento <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l dos NEABs<br />

e instituições equivalentes, com endereços, telefones, e-mail, nomes, perfil<br />

de atuação, histórico e trajetória acadêmica até hoje, como subsídio para a<br />

formulaçao das novas ações de apoio.<br />

2. O programa deve fortalecer os NEABs ou organizações semelhantes que<br />

existem atualmente <strong>na</strong>s universidades brasileiras, públicas e privadas, e<br />

estimular a criação de outros, de modo a que, no fi<strong>na</strong>l de 2003, todas as<br />

universidades federais e estaduais do País contem com um núcleo de estudos<br />

dedicado à problemática afro-brasileira. Nossa compreensão é de que os<br />

NEABs são justamente o tipo de instituição acadêmica que mais poderá ajudar<br />

a gerar um clima de diversidade <strong>na</strong>s universidades. Para tanto, o programa<br />

deverá apoiá-los com bolsas para alunos negros e auxílio de pesquisas para<br />

os professores e alunos, de modo a que os NEABS possam ser, de fato, ponto<br />

de difusão de idéias e <strong>reflexões</strong> sobre a integração racial e a cultura afrobrasileira.<br />

3. Em contrapartida a esse apoio recebido pelo MEC, os NEABs se disporão a<br />

estabelecer convênios com o Ministério para a formação continuada de<br />

professores de ensino médio da rede pública. Os NEABs ofertarão cursos de<br />

História da África, História da Cultura Afro-brasileira, Diáspora Africa<strong>na</strong><br />

<strong>na</strong>s Américas e Relações Raciais no Brasil, tão necessários para a formação<br />

pluralista de nossos estudantes. Esses cursos podem adquirir formatos vários,<br />

tais como ciclo de palestras, seminários, cursos de extensão e pós-graduação<br />

latu sensu. Nossa recomendação surge num momento especialmente<br />

oportuno, visto que o Presidente da República e o Ministro da<br />

Educação acabam de sancio<strong>na</strong>r a Lei nº 10.639, que tor<strong>na</strong> obrigatório o<br />

ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira, nos níveis fundamental e<br />

médio.<br />

Como no caso do mapeamento dos NEABs, os projetos de articulação com o<br />

segundo grau devem ser precedidos de um levantamento de <strong>experiências</strong> já existentes<br />

em várias universidades. Damos alguns exemplos.<br />

a) A Universidade Cândido Mendes (UCAM) já oferece um curso de pósgraduação<br />

latu sensu para professores de História da rede pública de<br />

ensino. O curso é fi<strong>na</strong>nciado inteiramente com recursos da Secretaria<br />

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