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Revista Economia n. 13.pmd - Faap

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Incentivar o desenvolvimento econômico dos municípios onde se localizam<br />

as pontas de fronteira da Amazônia brasileira é de crucial importância. Além<br />

disso, uma sub-fronteira, ou uma franja de segurança de pelo menos 100 km de<br />

distância da fronteira reconhecida internacionalmente, legado deixado por nossos<br />

antepassados, deveria ter ocupação inquestionável, permanentemente monitorada<br />

por moderno aparato eletrônico disponível como o do Sivam/Sipam, por<br />

exemplo. Nesse monitoramento, teria papel importante a criação de centros<br />

locais para essa finalidade, num passo para construir o que chamaremos de<br />

“poligonal de pontas de fronteira”, uma linha formada pela sucessão de pontas<br />

ao longo da fronteira entre o Brasil e seus parceiros. O recrutamento de recursos<br />

humanos qualificados, com suas respectivas famílias, destinados a operar esses<br />

centros seria importante para estabelecer núcleos capazes de colaborar também<br />

em outros projetos nessas áreas, como os de natureza educacional e social. Ao<br />

mesmo tempo, outras atividades seriam atraídas, num processo típico de<br />

desenvolvimento regional, orientado de acordo com as particularidades e<br />

vocações econômicas de cada município.<br />

Ainda no que compete ao Brasil, caberia evitar que áreas de fronteira,<br />

sobretudo as pontas abordadas neste artigo, possam ser questionadas ou sejam<br />

fonte de controvérsias e problemas que atraiam o interesse internacional. Seria<br />

desgastante para o país, frente à opinião pública mundial, ter de confirmar pela<br />

força sua soberania, com movimento de tropas e todas as conseqüências<br />

imprevisíveis que um evento sensível como esse pode desencadear. Ainda que<br />

áreas usufrutuárias, como as reservas indígenas, sejam inquestionavelmente de<br />

propriedade da União, do ponto de vista legal deveriam ser evitadas demarcações<br />

na franja de segurança referida.<br />

No processo de enfrentamento dos óbices à soberania da Amazônia, cabe<br />

como benefício coadjuvante o fortalecimento do movimento de integração da<br />

América do Sul. Trata-se de tarefa complexa e urgente, mas que traria benefícios<br />

importantes no longo prazo para aquela região. Nessa linha, o acompanhamento<br />

eletrônico das áreas fronteiriças, repartindo informações com seus vizinhos,<br />

contribuiria para aliviar resquícios de desconfiança ainda existentes. A poligonal<br />

de pontas de fronteira acima referida é uma oportunidade ainda viável, mas só<br />

enquanto o foco internacional ainda estiver dirigido a outras regiões.<br />

Referências Referências Referências bibliográficas bibliográficas1<br />

BECKER, B.K. Geopolítica da Amazônia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982.<br />

BRASIL, Ministério dos Transportes. Departamento de Desenvolvimento Institucional e<br />

Tecnológico. Informações sobre o Setor de Transportes no Estado do Amapá. Brasília: Ministério<br />

dos Transportes, 2002.<br />

132<br />

1 A bibliografia que se se segue vai além das referências no texto, com objetivo de servir aos que desejarem<br />

se aprofundar no exame do tema deste artigo.<br />

<strong>Revista</strong> de <strong>Economia</strong> & Relações Internacionais, vol.6(13), 2008

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