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Revista Economia n. 13.pmd - Faap

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objetiva, considerando toda a informação disponível e respondendo às novas<br />

informações com base em um conjunto definido de preferências. Os investidores<br />

racionais, desta forma, ao comprarem uma ação ou ativos, processam as<br />

informações disponíveis de forma objetiva e os erros que cometem na decisão<br />

do futuro são aleatórios e não resultantes de uma tendência de otimismo ou<br />

pessimismo (BERNSTEIN, 1997 apud ARAÚJO e SILVA, 2006).<br />

O conjunto de conceitos que configuram a essência da MTF, constituindo<br />

marcos para a teoria econômica, é dado pelos estudos da Teoria da Seleção de<br />

Portfólio de Markowitz (1952), a Hipótese de Mercados Eficientes (HEM) de<br />

Fama (1970) e o modelo mais usado para o apreçamento de ativos financeiros,<br />

o Capital Asset Pricing Model (CAPM), desenvolvido inicialmente por Sharpe<br />

(1964). Estes modelos sustentam-se sobre os pressupostos neoclássicos, em que<br />

o investidor é:<br />

racional;<br />

avesso ao risco; e<br />

maximiza sua utilidade esperada.<br />

As finanças passam a incorporar o movimento chamado de racionalista,<br />

desencadeado nas ciências econômicas principalmente por meio de Markowitz,<br />

ao publicar o histórico artigo Portfolio Selection de 1952, em que lança os<br />

fundamentos da Moderna Teoria de Finanças, segundo os quais os mercados<br />

não poderiam ser previstos, ou seja, um investidor individual não poderia ganhar,<br />

sistematicamente, mais que a média do mercado. Estes conceitos adiantam as<br />

bases do conceito de mercados eficientes formalizado mais tarde por Fama<br />

(1970). “As finanças, portanto, incorporaram os pressupostos da racionalidade<br />

e imprevisibilidade dos mercados desenvolvidos pela teoria dos jogos.”<br />

A defesa da imprevisibilidade dos mercados e da diversificação dos<br />

investimentos causou uma ruptura nas finanças: as finanças modernas, que<br />

passavam a adotar a premissa da racionalidade dos tomadores de decisão e da<br />

imprevisibilidade dos mercados; e as finanças antigas ou tradicionais, que<br />

defendiam a previsibilidade dos mercados e a concentração dos investimentos<br />

(Idem, ibidem).<br />

Segundo Fama e Castro (2002), as finanças modernas, surgidas entre o fim<br />

da década de 1950 e o início da década de 1960, “mudaram a forma de avaliação,<br />

que passou a se basear no comportamento do homem, visto como um ser<br />

econômico e racional, e, por conseguinte, a buscar maximizar seu bem-estar<br />

individual” (p.26). Os investidores são considerados racionais quando suas<br />

decisões de investimento são pautadas na busca da maximização da utilidade<br />

esperada calculada por meio de probabilidades subjetivas. “A racionalidade está<br />

presente no fato de as pessoas conseguirem calcular precisamente estas<br />

probabilidades de maneira não-enviesada”. (YOSHINAGA, 2004, p.10).<br />

1.1. 1.1. Risco Risco e e retorno retorno<br />

retorno<br />

A maximização da utilidade esperada de um investidor no mercado<br />

financeiro e de capitais fundamenta-se nas decisões acerca do binômio risco x<br />

retorno. A mensuração e a recompensa ao risco são os fatores que, segundo<br />

172<br />

<strong>Revista</strong> de <strong>Economia</strong> & Relações Internacionais, vol.6(13), 2008

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