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Revista Economia n. 13.pmd - Faap

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Embora os críticos do “modelo chileno” possam asseverar que os dados<br />

sobre os níveis de desocupação atestam a ineficiência das reformas na geração<br />

de empregos, tal afirmação não poderia ser menos impensada e de pouca reflexão.<br />

Ao se analisar diversos outros indicadores macroeconômicos, pode-se identificar<br />

as diferenças gritantes entre os períodos pré e pós-ditadura. Em resumo: o Chile<br />

dos anos 1990 era um país com inflação controlada e baixa, apresentando taxas<br />

de crescimento bem acima da média observada na América Latina e com<br />

desemprego em queda, elementos que não eram encontrados em conjunto no<br />

período que precede o regime militar.<br />

3. 3. O O Chile Chile e e a a América América Latina: Latina: desempenho desempenho econômico econômico em em em análise<br />

análise<br />

comparativa<br />

comparativa<br />

O “modelo chileno” de modernização econômica liberal, pioneiro na<br />

América Latina, não obstante não tenha seguido preceitos liberais puros em<br />

toda a sua jornada, é aquele que mais se aproxima dos mesmos na região, e que<br />

teve sua trajetória econômica influenciada de forma determinante por orientações<br />

de política econômica fundadas em bases liberais. Tomando tais considerações<br />

em conta, cabe agora observarmos como a experiência chilena se apresenta<br />

quando comparada, em termos de desempenho econômico efetivo, com alguns<br />

dos principais países da América Latina. Isto é, vejamos por que o Chile é<br />

considerado por muitos o “tigre latino-americano”.<br />

Ao se analisar o crescimento do PIB ao longo dos últimos anos, observa-se<br />

o quadro econômico apresentado no Gráfico 2. Tomando como base o ano de<br />

1982, numa série que se estende desde 1983 até 2004, o crescimento acumulado<br />

do PIB da economia chilena é indubitavelmente o mais expressivo, destoando<br />

da tendência de crescimento observada nas três principais economias latinoamericanas,<br />

quais sejam, a brasileira, a mexicana e a argentina. Em pouco mais<br />

de 20 anos, o Brasil cresceu cerca de 70%, o México obteve um incremento<br />

acumulado do PIB de 65% e a Argentina, apenas 40%. Já a economia chilena<br />

cresceu à desconcertante taxa de 209% no mesmo período. Até 1988 o Brasil<br />

crescia mais que o Chile, mas a partir desse ano a curva do PIB chileno dispara,<br />

deixando para trás os “gigantes” da América Latina, que acabaram por passar a<br />

patinar no escorregadio piso do crescimento econômico. Vale, todavia, mencionar<br />

que a partir de meados da década de 1990 pode-se observar uma tendência de<br />

crescimento econômico tanto no Brasil quanto no México, mas muito aquém<br />

do crescimento observado no Chile, e tendo a Argentina oscilações relevantes<br />

na sua trajetória econômica mais recente.<br />

26<br />

<strong>Revista</strong> de <strong>Economia</strong> & Relações Internacionais, vol.6(13), 2008

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