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Revista Economia n. 13.pmd - Faap

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pela probabilidade de sua ocorrência. A regra da utilidade esperada é análoga;<br />

no entanto, cada possível resultado proporciona diferentes níveis de satisfação<br />

(utilidade). É um aprimoramento da regra do valor esperado, em que a utilidade<br />

corresponde a uma transformação 1 dos resultados em função do grau de satisfação<br />

com relação a estes resultados (KIMURA, 2002).<br />

1.2. 1.2. A A T TTeoria<br />

T eoria de de Car Carteiras Car teiras de de Markowitz Markowitz Markowitz (Por (Portfolio (Por tfolio Selection)<br />

Selection)<br />

Os trabalhos de Markowitz, em sua Teoria de Carteiras, trouxeram os<br />

conceitos acerca de risco e retorno necessários para decisão do investidor quanto<br />

à alocação de recursos em carteiras de investimento. Markowitz volta-se à<br />

matemática da diversificação dos ativos financeiros, que em conjunto devem<br />

ser ponderados de modo a se maximizar o retorno esperado e se minimizar o<br />

risco, envolvendo ativos de baixa correlação entre si. Segundo Markowitz (1952),<br />

dois objetivos são comuns a todos os investidores, aos quais as técnicas<br />

apresentadas na sua obra são designadas:<br />

todos querem que o “retorno” seja alto. O termo apropriado para<br />

“retorno” pode variar de investidor para investidor; mas, seja qual for, eles<br />

preferem mais a menos;<br />

todos querem que o “retorno” seja confiável, estável e não sujeito à<br />

incerteza, ou seja, o investidor é avesso ao risco.<br />

Desta forma, o investidor lida com duas incertezas: o retorno esperado e o<br />

risco, entendido como a variância deste retorno. A formação de uma carteira<br />

busca a avaliação de risco-retorno do conjunto de ativos financeiros – a carteira<br />

(portfolio) –, ao invés da avaliação individual de risco-retorno de cada ativo<br />

financeiro. Vários tipos de informações podem ser usados como base para uma<br />

análise de carteira: (1) (1) (1) desempenho passado dos ativos; (2) (2) (2) crenças de um ou<br />

mais analistas acerca dos desempenhos futuros dos ativos. Quando desempenhos<br />

passados são usados como base, tem-se uma análise de carteiras que<br />

desempenharam bem no passado. Já quando as crenças de analistas são usadas<br />

como base de informações, tem-se uma análise baseada nas implicações dessas<br />

crenças para melhores ou piores carteiras.<br />

1.3. 1.3. Capital Capital Capital Asset Asset Pricing Pricing Model Model (CAPM)<br />

(CAPM)<br />

A partir da Teoria de Carteiras, Sharpe (1964) propõe o CAPM, um modelo<br />

de risco e retorno padrão que mostra as taxas de retorno em equilíbrio dos ativos<br />

de risco como uma função de suas covariâncias com a carteira de mercado.<br />

Segundo Damodaran (2003), o CAPM é construído sobre a premissa de<br />

que a variância de retornos é a medida de risco apropriada, mas apenas aquela<br />

porção de variação que é não-diversificável é recompensada. O retorno esperado<br />

sobre o investimento compreende a recompensa, e a variância nos retornos<br />

esperados compreende o risco do investimento. De acordo com Famá e Castro<br />

(2002), o modelo assume alguns pressupostos, que são justamente os<br />

responsáveis pelas críticas que recebe:<br />

174<br />

1 Na regra da utilidade esperada, se a função de transformação (função de utilidade) for linear, o<br />

indivíduo é dito risco-neutro; se a função for côncava, o indivíduo é avesso ao risco; se a função for<br />

convexa, o indivíduo é propenso ao risco. (KIMURA, 2002, p.5 apêndice).<br />

<strong>Revista</strong> de <strong>Economia</strong> & Relações Internacionais, vol.6(13), 2008

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