Revista Economia n. 13.pmd - Faap
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Finanças Finanças Compor Comportamentais<br />
Compor tamentais<br />
no no Brasil<br />
Brasil<br />
Ricardo Jefferson Scotti *<br />
Resumo: Resumo: Este artigo apresenta os fundamentos das Finanças<br />
Comportamentais, em contraposição aos princípios da Moderna Teoria<br />
de Finanças, que parte da hipótese de que os mercados são eficientes.<br />
A teoria das Finanças Comportamentais incorpora conceitos e<br />
descobertas de outras ciências, como a Psicologia. Os resultados<br />
empíricos nessa linha evidenciam que os agentes econômicos não<br />
podem ser representados apenas levando-se em conta os pressupostos<br />
neoclássicos da racionalidade ilimitada, maximização da utilidade<br />
esperada e aversão ao risco. O tema ainda é pouco estudado no Brasil;<br />
no entanto, já existem muitos estudos empíricos no sentido de se<br />
comprovar os pontos controversos, alguns deles apresentados neste<br />
trabalho.<br />
Palavras-chave:<br />
Palavras-chave: Palavras-chave: Finanças Comportamentais, novas finanças, Moderna<br />
Teoria de Finanças, Hipótese de Mercados Eficientes.<br />
Introdução<br />
Introdução<br />
Introdução<br />
Entende-se por Finanças Comportamentais a tentativa de aproximar a<br />
<strong>Economia</strong> de outras ciências sociais, visando encontrar respostas para o<br />
comportamento humano nas decisões financeiras. Seus modelos baseiam-se em<br />
conceitos e teorias de outras áreas – que abrangem da Psicologia e Sociologia à<br />
Neurofisiologia –, voltando-se para o entendimento da vida econômica real, em<br />
que as decisões financeiras cotidianas do agente econômico refletem limites à<br />
plena racionalidade.<br />
A importância do tema nos últimos 15 anos vem ganhando força no espaço<br />
acadêmico, a exemplo dos recentes prêmios Nobel em <strong>Economia</strong> concedidos a<br />
Gary Becker (1992) e Daniel Kahneman (2002) por seus trabalhos em Behavioral<br />
Economics. No Brasil, o mercado financeiro e de capitais experimenta grande<br />
avanço e crescimento; as quedas sucessivas nos juros levam o investidor a<br />
diversificar os seus investimentos, partindo para a renda variável como alternativa<br />
a melhores rendimentos. No entanto, tais investimentos trabalham com riscos<br />
maiores, colocando em evidência o comportamento do investidor a ser estudado<br />
pelas finanças comportamentais. O investidor brasileiro começa a investir<br />
* Ricardo Ricardo Jefferson Jefferson Scotti Scotti Scotti é graduado em Ciências Econômicas pela Fundação Armando Alvares Penteado<br />
(FAAP). Este artigo tem como base sua monografia de conclusão de curso, desenvolvida sob orientação<br />
da professora Lucy Aparecida de Sousa e selecionada para publicação na forma de resumo. E-mail:<br />
.<br />
<strong>Revista</strong> de <strong>Economia</strong> & Relações Internacionais, vol.6(13), 2008