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Revista Economia n. 13.pmd - Faap

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2. 2. 2. Ações Ações do do governo governo Koizumi Koizumi no no âmbito âmbito internacional<br />

internacional<br />

Após essa breve análise da chegada de Koizumi ao poder e de algumas das<br />

suas principais medidas políticas internas e a importância de tais medidas, resta<br />

ainda a tarefa de analisar quais foram as medidas adotadas no âmbito internacional<br />

e quais foram as respectivas repercussões. Para tal, foram elencadas as questões<br />

mais relevantes referentes à política externa japonesa durante o governo de<br />

Koizumi, sendo elas: a relação com os Estados Unidos após o 11 de Setembro,<br />

a relação com a China, os conflitos regionais e as políticas para a obtenção de<br />

um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Cabe ressaltar<br />

que dentre essas questões, as duas primeiras merecem maior destaque, pelo fato<br />

de os Estados Unidos e a China serem os principais Estados a exercerem influência<br />

direta sobre o Japão.<br />

2.1 2.1 2.1 Relações Relações com com os os Estados Estados Unidos Unidos após após o o 11 11 de de Setembro<br />

Setembro<br />

Ao assumir o cargo de primeiro-ministro, Koizumi planejava aperfeiçoar<br />

as relações com os Estados Unidos. Entretanto, antes mesmo que houvesse tempo<br />

suficiente para o planejamento e a execução de medidas referentes à relação<br />

nipo-americana, ocorreram os ataques terroristas de 11 de Setembro. Por se<br />

tratar de um evento sem precedentes, todos ficaram perplexos com a situação,<br />

surgindo a necessidade de se apresentar medidas para fazer frente ao que havia<br />

ocorrido. Desta forma, por se tratar de uma situação incomum, Koizumi teve a<br />

oportunidade de empregar medidas atípicas. Com isto, como sinal de apoio ao<br />

seu maior aliado, em aproximadamente uma semana foi formulada uma política<br />

básica que incluía os seguintes tópicos:<br />

“(1) (1) tomar medidas ativas na luta contra o terrorismo passaria a ser uma<br />

questão de segurança nacional para o Japão; e (2) (2) o Japão deverá adotar<br />

procedimentos relacionados ao terrorismo em conjunto com os outros países do<br />

mundo, dando apoio firme aos Estados Unidos e seus aliados” (NUKAGA,<br />

2002 [online], tradução do autor).<br />

Além disso, duas semanas depois, o governo japonês submeteu à Dieta uma<br />

Lei Especial Anti-Terrorismo. Esta concedia permissão para o oferecimento de<br />

apoio logístico, como o suprimento de combustível para navios e aviões e a<br />

realização do transporte destes. Desta forma, fica evidente que, diante da nova<br />

situação que se apresentava, Koizumi tratou de tomar uma medida que agradasse<br />

aos norte-americanos, com o intuito de fortalecer a relação entre ambos os países,<br />

e ainda aproveitou para abrir um precedente na utilização das forças japonesas<br />

em missões que não fossem de autodefesa. A revista The Economist (2002, p. 13,<br />

tradução do autor) ressalta a importância deste fato:<br />

“No final de outubro uma medida anti-terrorismo se tornou lei, permitindo<br />

pela primeira vez aos japoneses o envio de forças a um teatro de guerra para<br />

desempenhar um papel maior que o de ‘pesquisas ou buscas’. É verdade que as<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> de <strong>Economia</strong> & Relações Internacionais, vol.6(13), 2008

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