Revista Economia n. 13.pmd - Faap
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epresentantes formais dos Estados, sindicatos de trabalhadores e empregadores,<br />
não surgiram até agora contratos vinculantes e nem a transposição de decisões<br />
dos comitês para regras administrativas ou legais” (Ost, 2001). Isso porque<br />
nenhuma das partes é suficientemente forte e representativa para atuar como<br />
parceiro eficaz (Casale, 1997). Em suma, a mera imitação de leis e instituições<br />
de países adiantados não bastou para criar um novo sistema de relações do trabalho<br />
(Vickerstaff e Thirkell, 1997).<br />
Remuneração Remuneração e e produtividade produtividade na na Europa Europa do do Leste<br />
Leste<br />
Há um contraste visível entre a UE8 e a UE15 no que tange à remuneração.<br />
A liberação dos países do Leste Europeu do regime comunista acrescentou um<br />
contingente de aproximadamente 40 milhões de trabalhadores de baixo custo à<br />
União Européia. Diferenças de remuneração e salários são enormes, como mostra<br />
a Tabela 2, que compara alguns países.<br />
54<br />
TT<br />
Tabela TT<br />
abela 2: 2: Remuneração Remuneração média média por por hora hora (2005) (2005)<br />
(2005)<br />
Embora os salários na UE8 venham aumentando mais rapidamente do que<br />
na UE15, as diferenças continuam enormes. Em 2005, a remuneração média<br />
real nos países membros da UE8 aumentou em 3,6%, enquanto nos países da<br />
UE15 subiu 0,7%. Neste caso, os maiores aumentos ocorreram na Lituânia (6,4%),<br />
Estônia (9,2%) e Letônia (10,3%). Os menores foram registrados na Polônia<br />
(2,8%), Hungria (2,7%), Eslováquia (2,1%), República Tcheca (2,0%) e Eslovênia<br />
(0,6%) 13 . Apesar desses fortes aumentos, a mão-de-obra na Lituânia, por exemplo,<br />
custa apenas 12% da alemã! Um ferramenteiro que trabalha numa montadora<br />
de automóveis na Polônia recebe aproximadamente US$ 7,00 por hora, enquanto<br />
na Alemanha chega a US$ 45,00 por hora (Moreira, 2006).<br />
Os salários mínimos também estão aumentando. Apesar disso, as diferenças<br />
entre os dois blocos continuam impressionantes, conforme mostra a Tabela 3.<br />
Além disso, uma parcela muito maior de trabalhadores da UE8 vive de salários<br />
mínimos, o que não ocorre com os trabalhadores da UE15.<br />
13 Dados recentes sobre a Eslovênia, entretanto, indicam que salários médios tiveram um aumento real de<br />
46% no período de 2000 a 2004 (Bureau Estatístico da Eslovênia, 2006).<br />
<strong>Revista</strong> de <strong>Economia</strong> & Relações Internacionais, vol.6(13), 2008