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Revista Economia n. 13.pmd - Faap

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Alemanha, França, Inglaterra, Áustria, Estados Unidos e Coréia do Sul. Há<br />

cerca de 140 empresas estrangeiras na Eslováquia. Baixos salários, alíquotas<br />

reduzidas de impostos e mão-de-obra qualificada são as principais causas das<br />

mudanças. Cerca de 95% da produção de empresas estrangeiras se destinam a<br />

outros países europeus (Stanck, 2005).<br />

Num balanço geral, verifica-se que durante o período 1995-2004<br />

montadoras de automóveis investiram aproximadamente US$ 24 bilhões nos<br />

países da Europa do Leste e esperam que, até 2010, 60% dos 14,5 milhões de<br />

automóveis provenham de linhas de produção da UE8 (Business Week, 2005).<br />

“Linces “Linces Europeus”<br />

Europeus”<br />

Os países da UE8 estão sendo chamados de “Linces Europeus”, uma<br />

adaptação do conhecido conceito de “Tigres Asiáticos”. Medindo a<br />

competitividade da UE8 em termos de desempenho de exportação (volume e<br />

qualidade), estrutura econômica (dominância do setor de serviços) e atitude<br />

favorável em relação aos negócios, um estudo publicado pela revista Economist<br />

(Economist, 2006b) colocou os “Linces” quase ao mesmo nível dos “Tigres”.<br />

O crescimento de exportações foi maior que o de qualquer outro país asiático<br />

com exceção da China e da Coréia do Sul. Exportações (38% do PIB em 2004)<br />

resultaram em grande parte da entrada maciça direta de capital estrangeiro.<br />

O tamanho do mercado na Europa do Leste é mínimo comparado com a<br />

Ásia, Estados Unidos ou a EU15. Entretanto, para a União Européia, os países<br />

da UE8 têm vantagens específicas: estão próximos; a mão-de-obra é de boa<br />

qualidade; a motivação para o trabalho é alta; as pessoas procuram o progresso<br />

e estão dispostas a trabalhar muito. No fundo, o grosso do IDE não se destina ao<br />

mercado da Europa do Leste, mas sim às vantagens de produzir naquela região<br />

visando à exportação. Em suma, empresas da Europa Ocidental vêem um clima<br />

favorável à mudança de fábricas e serviços para países da Europa do Leste, onde<br />

podem obter lucros impossíveis de serem alcançados no Ocidente devido a altos<br />

impostos, altos custos trabalhistas e dificuldades em negociar com os sindicatos<br />

de trabalhadores. O IDE nos países da UE8 está modernizando a infra-estrutura,<br />

melhorando moradias, fortalecendo o poder de consumo e melhorando as<br />

condições de vida – o que tornará a região mais forte.<br />

Mudanças Mudanças trabalhistas trabalhistas trabalhistas na na na Europa Europa Ocidental<br />

Ocidental<br />

A maioria dos países da Europa Ocidental está envolvida com reformas nas<br />

áreas de saúde, educação, trabalho, treinamento, impostos, previdência social,<br />

assistência social a famílias, auxílio desemprego e pensões. Mas as reformas<br />

avançam muito lentamente. Déficits de governo crescem. Muitos empresários<br />

estão insatisfeitos21 , a ponto de um terço das empresas alemães pretenderem<br />

21 Ludwig George Braun, Presidente da Federação Alemã de Câmaras de Comércio e Indústria (DIHK),<br />

disse: “empresas não deveriam esperar pelas reformas para mudar as coisas na Alemanha, mas sim,<br />

deslocar-se para o leste, para países que estão entrando na União Européia”; o ex-primeiro-ministro<br />

Gerhard Schröder considerou a exortação um ato não patriótico (Economist, 2004).<br />

Deslocamento de empresas para o Leste Europeu: implicações para o Brasil, José Pastore, p. 49-75<br />

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